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Aqui estão os principais pontos do discurso de Bolsonaro na ONU

Teve nióbio, Cuba, Venezuela, alfinetada no Macron (sem citar o nome dele), afagos para o mercado, críticas ao politicamente correto...

O presidente Jair Bolsonaro fez o discurso inaugural na Assembleia da ONU na manhã desta terça-feira (24) e, além da esperada fala sobre a Amazônia, resgatou partes do discurso de sua campanha, alegando que o Brasil quase virou um país socialista, o que o teria levado a um quadro de corrupção generalizada.

Frente a líderes mundiais, Bolsonaro também disse que o país tenta reconquistar a confiança da comunidade internacional e faz suas reformas em busca de parcerias e investimentos. Aqui estão os principais pontos do discurso de Bolsonaro:

AMAZÔNIA

O presidente disse que o Brasil é um dos países que mais preserva o meio ambiente. Segundo ele, além de incêndios criminosos, é preciso entender que comunidades indígenas ou moradores das florestas queimam áreas como parte de sua cultura.

Segundo ele, a imagem de que a Amazônia está em chama é sensacionalista e uma mentira de parte da mídia.

Ele ainda disse que a comunidade internacional deve respeitar a soberania do Brasil no que diz respeito à Amazônia. “[É uma] falácia dizer que a Amazônia é patrimônio da humanidade ou que é pulmão do mundo”.

Sem citar o nome do presidente da França, Emmanuel Macron, Bolsonaro disse que “outro país se portou de forma desrespeitosa e com espírito colonialista, questionando o que é mais sagrado, nossa soberania”.

E comentou que em reunião do G7 ele “ousou sugerir aplicar sanções ao Brasil sem sequer nos ouvir”.

Bolsonaro ainda destacou que o Brasil tem reservas indígenas que são do tamanho de países como a Hungria e que abrigam pequenas populações indígenas, de 15 mil habitantes. Por isso, ele não irá aumentar as reservas.

Disse também que muitos dos países que criticam a política ambiental do Brasil na verdade estão querendo fazer uma reserva de mercado para explorar riquezas do subsolo. Ele citou o ouro, diamante e nióbio.

“Os que nos atacam não estão preocupados com os índios, mas com riquezas minerais e biodiversidade existentes nessas áreas”.

Ainda sobre a Amazônia, disse que figuras de renome internacional como o cacique Raoní, são instrumentalizados por ONGs e por países que visam as riquezas minerais do Brasil, e convidou quem quiser visitar o Brasil para comprovar que é uma mentira de parte da mídia que a floresta está em chamas.

Por fim, disse estar aberto a parcerias para a preservação das florestas, mas somente com total respeito à soberania nacional.

SOCIALISMO

Bolsonaro dedicou o início e a parte final de seu discurso ao socialismo e ao que chamou de ideologia, em referência à esquerda.

“Meu país esteve muito próximo do socialismo, o que nos colocou em corrupção generalizada, recessão, alta taxa de criminalidade e afastou de valores religiosos.”

Disse que a Venezuela vive um regime socialista, o que pode ser comprovado pela pobreza e falta de liberdade. Disse ainda que Cuba possui cerca de 60 mil agentes naquele país, cuidando de áreas como de inteligência e defesa.

Segundo Bolsonaro, o Foro de São Paulo está vivo e tenta implantar o socialismo na América Latina, por isso precisa ser combatido e extinto.

Ele disse que, junto do Chile e da Argentina, trabalha para evitar o avanço socialista e garantir a democracia no Cone Sul.

Dentro de sua alegação de que o Brasil quase se transformou num país socialista, Bolsonaro disse que os presidentes que antecederam desviaram “centenas de milhões de dólares” e usaram para comprar parte da mídia.

Em sua visão, a ideologia de esquerda estava enraizada no país, na cultura, educação, na mídia e na tentativa de acabar com a família e com a religião.

Segundo ele, tentou-se até acabar com a inocência das crianças, "pervertendo" seu gênero.

O presidente disse também que essa ideologia tentou implantar o politicamente correto no Brasil, mas que, como em outros países, deixou rastro de morte, ignorância e miséria.

“Sou prova disso, fui covardemente esfaqueado por militante de esquerda.”

PARCERIAS

Em seu discurso Bolsonaro disse que está fazendo reformas para modernizar e desburocratizar o Brasil, atraindo investimentos e reduzindo o desemprego.

Ele citou Donald Trump (que foi elogiado em seu discurso quando tratou da Amazônia ao dizer que o norte-americano defendeu a soberania brasileira) e disse que está fazendo com os Estados Unidos uma parceria “abrangente e ousada em todas as áreas”.

Falou também de suas visitas ao Chile, Argentina, Israel e disse que nos próximos meses visitará países do oriente em busca de negócios.

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