Uma mulher vestindo um hijab e outros passageiros do metrô se aproximaram para ajudar uma família de judeus que estava sendo assediada com comentários antissemitas.
O incidente, que ocorreu na sexta-feira (22) à tarde no metrô de Londres, foi compartilhado por Chris Atkins em um vídeo postado no Twitter, que viralizou.
De acordo com a British Transport Police, um suspeito foi preso por suspeita de cometer uma violação da ordem pública agravada por injúria racial, no sábado, em Birmingham, e ainda não foi liberado.
O vídeo mostra um homem lendo agressivamente uma passagem da Bíblia sobre a "sinagoga de Satanás" para outro homem e um garoto, ambos usando quipás. "Apenas ignore-o", o pai disse ao filho.
Outro passageiro, cujo rosto não pode ser visto na câmera, então se aproxima do homem lendo a Bíblia, provocando uma forte discussão.
"Cai fora daqui ou eu vou esmurrar seu nariz. Vai pra longe de mim", disse o homem que lia a Bíblia, no vídeo. "Não sou nenhum pastor cristão."
Uma mulher que estava próxima e vestia um hijab, a quem um noticiário local identificou como Asma Shuweikh, então interrompeu a fala ofensiva do homem.
"Tem uma criança aqui", ela disse a ele no vídeo.
"Estas pessoas são impostoras", o homem disse a ela.
O vídeo foi visto mais de 5 milhões de vezes e retuitado quase 20 mil vezes.
Asma disse ao Sky News que testemunhou todo o incidente, desde quando o homem viu pela primeira vez a família de judeus se sentar no trem. Ele correu até eles e começou a assediá-los, ela contou.
Ela disse que o homem se dirigiu principalmente ao garoto visto no vídeo, e que temeu que o homem fosse se tornar "muito violento" se ela não interferisse.
"Achei que se eu argumentasse com ele e falasse com ele fingindo ser solidária com o que estava dizendo, talvez pudesse aliviar o problema, pois ele na verdade estava falando com um garotinho", contou Asma.
De acordo com Asma, o homem ficou cada vez mais agressivo fora das câmeras, depois que o vídeo parou.
"Realmente comecei a entrar em pânico quando ele ficou cara a cara comigo, mas consegui manter a calma e continuar tentando neutralizar a situação", disse ela à Sky News. "Se tivesse acontecido comigo, gostaria que alguém me defendesse."
Este post foi traduzido do inglês.