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Ex-executivo da Globo recebeu US$ 1 milhão de conta usada para pagar propina, diz delator

É a primeira vez no julgamento do caso Fifa que um nome ligado à emissora é apontado como recebedor de dinheiro. O delator não explicou o contexto do pagamento.

Um delator do caso Fifa disse nesta quinta-feira (30), durante julgamento em Nova York, que pagou US$ 1 milhão a um ex-diretor da Globo.

Trata-se de Marcelo Campos Pinto, ex-diretor de esportes da emissora e um dos responsáveis por negociar os direitos de transmissão de eventos internacionais.

Ele foi citado por Eladio Rodriguez, ex-dirigente da empresa argentina Torneos, que tinha os direitos de eventos como Libertadores e Sul-Americana. Rodriguez fez acordo com o governo americano e colabora com as investigações.

Segundo o delator, o nome do ex-diretor da Globo aparece com o seguinte registro: "contrato c/vehículo Marcelo C Pintos". A data do pagamento de US$ 1 milhão é 9 de dezembro de 2013.

O dinheiro partiu de uma conta secreta na Suíça, de nome Arcos, usada para distribuir propina e bônus.

Em nota ao BuzzFeed News, a Globo afirmou que "nunca teve conhecimento de tal pagamento". A emissora acrescentou que, "caso tal pagamento tenha ocorrido, foi, evidentemente, contrário aos interesses da empresa". (Leia a íntegra ao final do post.)

No depoimento que presta à Justiça, o delator não explicou qual o contexto do pagamento.

O delator apresentou informações que dão a entender que o pagamento de US$ 1 milhão ao ex-diretor da Globo foi precedido de um depósito de US$ 10 milhões vindo da emissora.

Essa é a primeira vez que um nome ligado à Globo é apontado especificamente como recebedor de dinheiro.

Marcelo Campos Pinto é figura central no caso que cita a TV Globo. Isso porque, segundo outro delator, Campos Pinto participou de um jantar em 2012 para o acerto da distribuição de propinas.

Essa acusação foi feita por Alejandro Burzaco, ex-presidente da Torneos e chefe de Eladio Rodriguez. Burzaco afirma que, além do dirigente da Globo, participou do jantar Marco Polo Del Nero e José Maria Marin, respectivamente o atual e o ex-presidente da CBF.

Quando o nome de Marcelo Campos Pinto surgiu, a TV Globo disse que não tolera pagamentos irregulares e que está à disposição das autoridades. Afirmou, ainda, que "em suas amplas investigações internas, apurou que jamais realizou pagamentos que não os previstos nos contratos".

Leia a íntegra da nota da Globo.

Sobre a afirmação de uma testemunha no julgamento que acontece em Nova York, de que o ex-diretor do Grupo Globo, Marcelo de Campos Pinto, recebeu em 2013 pagamento de uma empresa do Grupo Torneos y Competencias, que atua na área de marketing esportivo, o Grupo Globo esclarece que nunca teve conhecimento de tal pagamento. Caso tal pagamento tenha ocorrido, foi, evidentemente, contrário aos interesses da empresa. O Grupo Globo reafirma que não tolera nem paga propina.

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