Ex-assessor de Temer recebeu R$ 1 mi de operador de Cunha preso na Lava Jato

    Segundo Coluna do Estadão, Lúcio Funaro entregou R$ 1 milhão no escritório de José Yunes. Amigo de Temer, Yunes se demitiu de cargo no Planalto após BuzzFeed Brasil revelar que ex-executivo da Odebrecht delatar entrega de R$ 10 mi a pedido de Temer.

    Apontado como um dos operadores do deputado cassado Eduardo Cunha no esquema de corrupção no Fundo de Investimento do FGTS, Lúcio Bolonha Funaro entregou R$ 1 milhão, em dinheiro vivo, a José Yunes, amigo e ex-assessor de Michel Temer.

    A revelação é da Coluna do Estadão. De acordo com o jornal, o dinheiro veio da Odebrecht. Yunes é amigo de Michel Temer há 50 anos e caiu do cargo de assessor especial do Palácio do Planalto após a revelação da delação do ex-vice-presidente de relações institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho.

    O caso foi revelado pelo BuzzFeed Brasil. O delator da empreiteira contou ter entregue R$ 10 milhões a Paulo Skaf e ao atual ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, a pedido do então vice-presidente e candidato à reeleição Michel Temer, em 2014. Para chegar às mãos de Padilha, contou o delator, o dinheiro foi entregue no escritório de Yunes em São Paulo.

    Agora, segundo o jornal O Estado de S.Paulo, foi o próprio Padilha quem pediu a Lúcio Funaro que fizesse a entrega de R$ 1 milhão a Yunes. O ex-assessor, que esperava receber o dinheiro de um desconhecido, foi surpreendido com o lobista no seu escritório em São Paulo, diz o jornal. Os dois não se conheciam pessoalmente, mas Yunes sabia de quem se tratava.

    Por sua assessoria, Padilha disse que “não pediu” nada a Lúcio Funaro. Temer já confirmou ter participado da reunião com Marcelo Odebrecht, quando diz ter pedido “doação eleitoral” para o PMDB.

    Funaro foi preso em julho pela Lava Jato sob suspeita de operar com Eduardo Cunha esquema de arrecadação de propinas de grandes empresas. O caso envolve a liberação de propina para empresas que conseguiam financiamentos do FI-FGTS.

    Fábio Cleto, indicado por Cunha para uma das vice-presidências da Caixa Econômica Federal com influência sobre o FI-FGTS, tornou-se delator e entregou o esquema de cobrança de propina em troca da liberação de recursos.

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