A intervenção do presidente Jair Bolsonaro para segurar um aumento dos preços do diesel da Petrobras provocou uma queda de 8,54% do valor das ações da empresa e suscitou uma série de críticas do setor financeiro, um dos principais pilares de apoio do governo.
O preço de uma ação cai porque investidores temem que aquela companhia não vai apresentar o desempenho econômico prometido. No caso da Petrobras, o temor é que o governo, que é o acionista controlador, volte a ingerir politicamente na empresa.
Isso já aconteceu no passado recente. Críticos da ex-presidente Dilma Rousseff, investidores e analistas atribuem grande parte dos prejuízos da Petrobras nas últimos anos à política de represar aumentos de combustíveis para evitar impactos na inflação, ao lado do escândalo de corrupção destapado pela Lava Jato.
E são justamente estes críticos de Dilma que embarcaram com entusiasmo na campanha de Bolsonaro, porque viram em Paulo Guedes no comando da economia alguém capaz de implementar políticas pró-mercado, como combate ao déficit público, diminuição do tamanho do Estado com privatizações e controle da inflação.
“Eu liguei para o presidente [da Petrobras], sim. Me surpreendi com o reajuste de 5,7%. Não vou ser intervencionista. Não vou praticar a política que fizemos no passado, mas quero os números da Petrobras”, afirmou o presidente, admitindo que interveio na empresa.
O temor de Bolsonaro é uma repetição de cenas como as da greve dos caminhoneiros no ano passado.
Mas isso não convenceu investidores, analistas e economistas liberais. Segundo o "mercado", Bolsonaro "dilmou".
Efeito Dilmo
Não é um elogio...
DILMOU.... https://t.co/twz22Z1h12
Muito pelo contrário...
Análise: Bolsonaro vira ‘Dilmo’ e derruba Petrobras https://t.co/WMr3ho2rxg
@Gabriel_Groma Votei nele mas é muito mais fraco do que eu pensava. Só fala bobagem e não ataca de frente os grandes problemas do país. Ficar disparando TT's para os bolsonaristas é fácil, quero ver resolver a bagaça. #Dilmo