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Abatido pela Lava Jato, Aécio desiste de concorrer ao Senado por Minas

Não, não haverá disputa com Dilma pelo Senado em Minas porque Aécio decidiu disputar uma vaga de deputado. Em carta, ele se diz vítimas de "ataques covardes."

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) anunciou nesta quinta-feira que não vai disputar a reeleição para o Senado, mas tentar uma cadeira na Câmara dos Deputados.

"Todos conhecem os ataques violentos e covardes de que tenho sido alvo. Diariamente as falsas versões engolem os fatos. Mas apesar de todas as injustiças, estou seguro de que, ao final, a verdade prevalecerá e com ela restará provada a correção de todos os meus atos", disse Aécio, em carta que anuncia a desistência da disputa ao Senado.

É um caso de encolhimento político produzido pela Lava Jato. Em 2014, o tucano chegou ao segundo turno da eleição e foi derrotado por pouco por Dilma Rousseff.

Aécio saiu do pleito com 51 milhões de votos. Mas seu forte capital político começou a ruir em 2017, quando ele quase perdeu o mandato depois que veio à tona a delação de Joesley Batista.

Entre as provas entregues pelo empresário (que está preso) à Procuradoria-Geral da República estavam os áudios em que aparecia a voz do senador combinando com o dono da JBS a entrega de R$ 2 milhões a um primo. Enquanto ele chegou a ser temporariamente afastado do mandato, sua irmã e braço-direito, Andrea Neves, foi presa preventivamente.

Antes disso, o senador mineiro foi citado como beneficiário de propina por executivos da Odebrecht e da OAS durante a construção da Cidade Administrativa, um símbolo do seu governo em Minas (2003-2010). Aécio sempre negou as acusações de corrupção. No caso da JBS, sua defesa alega que o dinheiro entregue se referia à venda de um apartamento.

Com a decisão de disputar uma vaga de deputado, Aécio não tornará a enfrentar na urna a ex-presidente Dilma Rousseff, que deverá ser sacramentada como candidata do PT ao Senado. Ela perdeu o mandato de presidente em 2016, mas manteve os direitos políticos depois de uma manobra do aliado Renan Calheiros durante a votação do impeachment no Senado.

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