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Este ministro praticamente lançou Temer candidato a presidente

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Eliseu Padilha (Casa Civil) disse que ninguém melhor do que Michel Temer para ser o candidato do governo — para defender o "espírito de reforma".

Chefe da Casa Civil e um dos auxiliares mais influentes de Michel Temer, Eliseu Padilha disse nesta terça-feira (20) que ninguém é melhor para defender o governo na campanha eleitoral do que o próprio presidente.

Padilha foi além e disse que, apesar de Temer evitar falar em nomes e não admitir a candidatura, existe, sim, a hipótese de o presidente escolher a si mesmo como candidato do governo na eleição presidencial.

As declarações de Eliseu Padilha foram dadas à Rádio Gaúcha. De acordo com o ministro, o plano de Temer é anunciar um nome mais perto das eleições — e que pode ser, sim, o próprio Temer.

"O que o presidente tem dito é que o candidato dele será conhecido no fim de maio, começo de junho. Eu não excluo a hipótese de o candidato dele ser ele mesmo. Mas ele não tem admitido ainda que possa ser candidato".

Padilha foi questionado então se defenderia o nome de Temer. O ministro da Casa Civil disse que o governo apoiará um candidato que defenda o governo Temer e as reformas. E que ninguém seria melhor do que o próprio Temer.

"Eu penso que não tem ninguém que defenda melhor o governo do presidente Michel Temer, e as medidas que foram tomadas. Que fizeram que tenhamos a menor inflação de muitos anos de Brasil, que tenhamos historicamente a menor taxa de juros. Temos muitos pontos a serem defendidos, a reforma trabalhista, reforma do ensino médio, nestas medidas de pauta prioritária, também tem esse espírito de reforma. No meu juízo, ninguém traduz melhor isso do que o presidente", disse Eliseu Padilha.

As declarações do ministro são mais uma peça no xadrez das eleições de 2018 — que se move enquanto as candidaturas não são oficializadas. Isso porque, ao defender a candidatura de Temer, Padilha desidrata o nome do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que também pretende ser o candidato do governo.

Padilha disse ainda que a reforma da Previdência, que não será votada por conta da intervenção no Rio de Janeiro, não influenciaria o governo neste ano. Negou, ainda, que a intervenção sirva de discurso para amenizar uma possível derrota na votação da Previdência.

Segundo ele, a reforma era um projeto para o Brasil. "A reforma da Previdência é pauta até o ultimo dia do presidente Michel Temer. Essa reforma busca fazer pelo Brasil. Os efeitos dela nesse governo serão mínimos. Não há mais como incluirmos efeitos diretos para esse ano. São coisas distintas. Uma coisa é a reforma, outra é a intervenção", afirmou.

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