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Campanha de Trump veiculou anúncios pagos no Facebook após ataque que matou general do Irã

A morte de Soleimani virou propaganda eleitoral no mesmo dia que Irã respondeu lançando mísseis contra bases usadas pelos americanos no Iraque.

Três dias de um ataque de drone matar o general iraniano Qassem Soleimani nos arredores do aeroporto de Bagdá, a campanha de reeleição do presidente Donald Trump começou a veicular anúncios pagos no Facebook atribuindo a Trump a ordem de matá-lo e dizendo que "terroristas NÃO têm lugar no nosso mundo."

Os anúncios foram veiculados na terça (7), mesmo dia que o Irã respondeu à morte de seu líder militar, lançando mísseis contra duas bases usadas por tropas americanas no Iraque, sem deixar vítimas.

Ainda terça-feira (7), o Facebook derrubou algumas dessas propagandas por violar a política do site contra o uso de botões falsos nas propagandas. O Facebook não respondeu o pedido da reportagem para esclarecer a questão.

“Graças as novas ações do nosso comandante-chefe, o general iraniano Qassem Soleimani não é mais uma ameaça para os Estados Unidos ou para o mundo", diz uma das propagandas. “Acesse a pesquisa militar oficial de Trump HOJE e nos informe o que você pensa da minha liderança como comandante-chefe”.

A pesquisa, que pretende coletar informações de contato para o futuro, contém questões como “Você apoia a decisão do presidente Trump em eliminar o perigoso terrorista e líder iraniano, Qassem Soleimani?”.

No final, é solicitado que seja preenchido o nome, código de endereço, email e telefone. Quem fornece o número de telefone, de acordo com uma nota de rodapé, aceita receber textos, ligações automáticas e ligações de telefone da campanha de reeleição do presidente e do comitê nacional dos Republicanos.

A campanha de Trump não retornou os pedidos para comentar a reportagem. Esse tipo de ação é muito comum no Facebook, sendo gasto $2,3 milhões em mais de 33 mil propagandas diferentes nos últimos 30 dias, de acordo com pesquisa de propaganda do Facebook. Propagandas ativas sobre o assassinato de Soleimani, até terça-feira (7), constituíam 590 desses canais a um custo indeterminado.


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