Um vídeo da manifestação anti-Temer em São Paulo, no domingo (4), mostra policiais militares atirando bombas e usando spray de pimenta sem serem atacados.
As imagens contrariam a versão oficial do comando da PM, de que policiais revidaram em momentos em que foram atacados.
Em entrevista na segunda-feira (5) para falar do protesto, o coronel Dimitrios Fyskatoris, afirmou: “A Polícia Militar só atua de pronta resposta a partir de um cenário concreto de agressão. A Polícia Militar não age espontaneamente para agredir ninguém. A Polícia Militar só responde à injusta agressão".
O fotógrafo Adriano Choque, que estrava trabalhando para a Mídia Ninja, se posicionou atrás do Batalhão de Choque.
Neste trecho do vídeo, por exemplo, policiais atiram bombas no Largo da Batata sem nenhum perigo aparente próximo a eles.
Na imagem, os policiais estão posicionados em frente a uma das entradas da estação Faria Lima do Metrô, onde a confusão começou.
Boa parte dos policiais aparece com a viseira do capacete aberta, o que não ocorre em situações de confronto.
Um deles está até sem capacete.
Quando percebem que há fotógrafos atrás da tropa, os policiais expulsam os profissionais aos berros.
Questionado sobre como um cidadão deve proceder caso seja vítima de abuso policial, o coronel afirmou: "Se houver qualquer caso declarado ou a ser declarado, as pessoas que se sentem de alguma forma atingidas que procurem a Polícia Militar, através dos órgãos responsáveis — existe uma corregedoria que vai receber, registrar e, como sempre faz, vai apurar e dar resposta".
Neste outro trecho, o Choque passa pela rua Guaicuí, próxima ao Largo da Batata. Um dos policiais, então, joga spray de pimenta dentro de um estabelecimento comercial, o bar Pitico.
O local estava com suas grades de metal fechadas e com gente tentando fugir da confusão. No vídeo original, um d
"A polícia não está lá para perseguir, não está lá para revide, está lá para dispersar as pessoas. E foi isso o que aconteceu", afirmou o coronel Fyskatoris.
"As pessoas dispersaram pelas [ruas] radiais que cobrem o Largo da Batata. Essas pessoas, parte delas — isoladas ou não —, causaram dificuldades para que a polícia pudesse controlar a situação."