Um vídeo publicado pelo Ministério do Trabalho neste domingo (9), no Facebook, infla a quantidade de férias no Brasil em comparação a outros países. Após a publicação deste texto, entre segunda (10) e terça-feira (11), o material foi deletado.
A peça comparava a lei brasileira às de outros nove países, cujos trabalhadores teriam direito a menos dias de férias. A questão é que a conta dos outros países é em dias úteis, mas a do Brasil é feita em dias corridos, o que invalida a comparação.

O vídeo citava, nesta ordem: Estados Unidos, China, Japão, México, Turquia, Arábia Saudita, Rússia, Argentina e Suécia, cujas leis ofereceriam menos dias de férias que o Brasil.
O trabalho foi feito com base na tabela da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que leva em conta os dias úteis.
O único dado diferente é o do Brasil, que está em dias corridos.

Após o contato do BuzzFeed Brasil apontando o erro, na tarde desta segunda (10), o Ministério do Trabalho admitiu o erro e publicou uma correção no post original:
O Ministério do Trabalho esclarece que o tempo de férias nos países mostrados no vídeo são contados em dias úteis, enquanto o número mostrado para o Brasil (30 dias) refere-se a dias corridos.
O órgão afirmou ainda que o objetivo da peça era "informar o público sobre direitos trabalhistas" por "curiosidade", sem qualquer ligação com a intenção já declarada pelo governo Michel Temer de promover uma reforma trabalhista.
Hoje eu to só o ministério do trabalho postando video de #curiosidades
No mês passado, o titular do Trabalho, Ronaldo Nogueira (PTB), protagonizou outra confusão em relação à reforma trabalhista.
Uma declaração dele deu a entender que o governo estudava aumentar a jornada de trabalho para 12 horas — o ministro voltou à imprensa no mesmo dia para se explicar.
