Isso é o que está acontecendo desde que STF salvou Renan

No dia seguinte à votação do STF que garantiu peemedebista na presidência do Senado, bate-boca entre envolvidos continuou pela imprensa.

Se até quarta (7) a maior preocupação dos principais atores da política brasileira era o atrito entre o Supremo Tribunal Federal e o Senado, o acordão que garantiu Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência da Casa fez com que outras discussões voltassem ao centro da pauta.

Isso, é claro, não impediu que os envolvidos na briga de faca que foi o julgamento no STF aproveitassem esta quinta-feira (8) para distribuir algumas estocadas a mais.

1. O dia começou assim: "Decisão judicial do STF é para se cumprir", disse Renan, que nesta semana descumpriu uma decisão do STF.

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2. O autor da decisão provisória que Renan ignorou, ministro Marco Aurélio Mello, voltou à carga contra o peemedebista e seus colegas de toga. À rádio Jovem Pan ele disse: "Acabamos de endossar um verdadeiro deboche institucional".

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Marco Aurélio, ao centro, cumprimenta os colegas Ricardo Lewandowski (à esq.) e Celso de Mello, decano do tribunal. Ele foi um dos que mudou de posição para salvar Renan.

3. Com Renan garantido na presidência do Senado, o governo voltou a tratar do avanço da PEC do Teto. O Senado anunciou o cronograma de votação e deve liquidar a fatura até a próxima terça-feira (13).

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No fim de novembro, o presidente Michel Temer deu uma entrevista ao lado dos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a fim de garantir que o teto de gastos seria aprovado ainda neste ano.

4. Enquanto a pauta do governo na Casa foi agilizada, o projeto que prevê punições a juízes e membros do Ministério Público deverá andar mais vagarosamente. Derrotado em um pedido para que o projeto fosse votado com urgência, na semana passada, Renan foi aconselhado a esquecer a ideia, ao menos por enquanto.

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Na quinta passada (1º), o juiz federal Sergio Moro esteve no Senado para apresentar propostas de mudança no projeto.

5. E a crise responsável por derrubar o então ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) — que parece ter acontecido há anos — teve mais um capítulo hoje. O governo anunciou o deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA) como substituto de Geddel na Secretaria de Governo.

Câmara dos Deputados / Via www2.camara.leg.br

Os problemas, porém, parecem estar longe de acabar. Imbassahy era tido como possível candidato à presidência da Câmara, cuja eleição ocorrerá em fevereiro. Ao escolhê-lo para o ministério, Temer abre espaço para uma possível reeleição de Rodrigo Maia no cargo — hipótese que desagradou o centrão, grupo de partidos médios que espera eleger um candidato deles.

6. Enquanto isso, na Câmara dos Deputados, representantes de movimentos sociais ligados ao PT protocolaram mais um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não compareceu à entrega.

Luis Macedo

No final de novembro, o PSOL havia protocolado outro pedido, com base na crise que levou à queda de Geddel.

7. E se nesta semana a internet ficou em polvorosa após a revista IstoÉ conceder o prêmio de brasileiro do ano a Temer, hoje foi a vez da antecessora dele, Dilma Rousseff. Ela foi eleita uma das mulheres do ano pelo jornal britânico Financial Times. Em entrevista, ela disse que não disputará eleições, mas se manterá "ativa politicamente".

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