Desde que a ministra Cármen Lúcia tomou posse como presidente do Supremo Tribunal Federal, em setembro, os assuntos discutidos na mais alta corte brasileira mudaram.
Já em sua primeira entrevista como presidente, Cármen Lúcia havia dito que iria priorizar temas sociais e trabalhistas.
Sob a presidência anterior, do ministro Ricardo Lewandowski,
o STF recebeu críticas por promover debates considerados corporativistas, como o aumento dos salários do Judiciário.
As duas primeiras votações no STF sob o comando da ministra já mostraram a diferença.
Numa das ações, o tribunal discute se o Estado é obrigado a fornecer medicamentos caros a portadores de doenças graves.
No outro processo, os ministros debateram se mulheres têm direito a 15 minutos de intervalo antes de cumprir horas extras.
No primeiro caso, o julgamento foi interrompido após o ministro Teori Zavascki pedir mais tempo para analisar a questão. A segunda discussão também foi interrompida, a pedido do ministro Gilmar Mendes, que também pediu mais tempo.