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Ministério Público denuncia 11 pessoas por compra de Pasadena (e Dilma não é uma delas)

Em outubro, TCU bloqueou bens da petista até que termine de apurar de quanto foi o prejuízo aos cofres públicos, mas ela não foi acusada de crime pelos procuradores nesta segunda (18).

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou nesta segunda (18) denúncia contra 11 pessoas, incluindo o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), por corrupção e lavagem de dinheiro na compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena.

A Petrobras pagou à empresa Astra Oil, sócia no negócio, cerca de US$ 1,3 bilhão por metade da refinaria, em fevereiro de 2007.

A Astra Oil havia comprado Pasadena dois anos antes, por uma fração do que a Petrobras pagou: apenas US$ 42 milhões. Incluindo melhorias, a empresa havia gasto US$ 126 milhões — menos de 10% do valor que viria a ser pago pela Petrobras — com Pasadena até aquele momento.

Segundo o MPF, o contrato gerou US$ 17 milhões em propina a ex-funcionários da Petrobras — como o ex-gerente e delator Pedro Barusco, que devolveu US$ 98 milhões ganhos ilegalmente — e a Delcídio.

Além dos réus acusados de receber propina, também foram denunciados operadores que ajudaram nas transações, como os doleiros Alberto Youssef e Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.

Em outubro, o Tribunal de Contas da União bloqueou os bens da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) por causa da transação, que ocorreu em fevereiro de 2007, quando ela presidia o conselho de administração da Petrobras. Mas ela não foi acusada formalmente de crime nem foi citada na denúncia pela Procuradoria nesta segunda (18).

Em nota, a ex-presidente negou qualquer ilegalidade: "Não há prova alguma de qualquer ilícito praticado pelo conselho administrativo da Petrobras", disse a petista em nota divulgada à imprensa.

Dilma não foi citada na denúncia apresentada pelo MPF nesta segunda (18).

Pasadena foi um dos temas mais discutidos durante a campanha eleitoral de 2014, quando a petista se reelegeu.

Em março daquele ano, seis meses antes do pleito, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que o valor gasto pela Petrobras com Pasadena havia sido maior do que o divulgado até então.

Em resposta à reportagem, Dilma afirmou que o conselho de administração decidiu a favor da compra com base em "informações incompletas", de um parecer "técnica e juridicamente falho".

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