A escritora Clara Averbuck relatou, no Facebook, ter sido vítima de estupro e agressão por um motorista da Uber.
"O nojento do motorista do Uber aproveitou meu estado, minha saia, minha calcinha pequena e enfiou um dedo imundo em mim", ela escreveu, acrescentando que está com um olho roxo.
A história de assédio por parte de motoristas da plataforma soma-se a várias outras parecidas, como as que o BuzzFeed Brasil mostrou neste post, em julho de 2016.
Em nota, a Uber disse que "o motorista parceiro foi banido e estamos à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações" (leia a íntegra ao final deste post).
Em seu texto, a escritora não deixa claro se irá registrar boletim de ocorrência: "Estou decidindo se quero me submeter à violência que é ir numa delegacia da mulher ser questionada, já que a violência sexual é o único crime que a vítima é que tem que provar", ela escreveu.
"Não quero impunidade de criminoso sexual mas também não quero me submeter à violência de Estado. Justamente por ter levado tantas mulheres na delegacia é que eu sei o que me espera", continua Clara em seu post. "Estou com o olho roxo e a culpa de ter bebido e me colocado em posição vulnerável não me larga."
À tarde, Clara publicou outra mensagem no Facebook, em que promete unir-se a outras vítimas de episódios do tipo. Ao final do texto, ela incluiu a hashtag #MeuMotoristaAbusador.
Leia a íntegra da nota da Uber.
"A Uber repudia qualquer tipo de violência contra mulheres. O motorista parceiro foi banido e estamos à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações. Acreditamos na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência contra a mulher."