A greve dos caminhoneiros, que terminou após 10 dias de tensão, não atrapalhou só a circulação de bens. A XP Investimentos, que faz pesquisas semanais de intenção de voto à Presidência, cancelou a desta semana em razão da greve.
Motivo: vários entrevistados estavam tão PISTOLAS com a situação do país que xingavam os pesquisadores — e desligavam o telefone sem responder a pesquisa. Dado o nível de ódio, a corretora achou melhor suspender a pesquisa.
Os levantamentos são feitos pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas), do publicitário Antonio Lavareda. São realizadas 1.000 entrevistas por semana, por telefone, em todo o país.
Pesquisas por telefone têm limitações em relação às feitas presencialmente, como atingir públicos das classes D e E, e as margens de erro costumam ser maiores. De qualquer forma, as tendências de alta ou baixa em relação às intenções de voto para cada candidato podem ser captadas nesse tipo de pesquisa, o que ajuda a corretora a orientar suas estratégias.
A expectativa é que a pesquisa da semana que vem seja publicada normalmente, segundo apurou o BuzzFeed News. Procurada, a XP Investimentos não quis se pronunciar.
Na pesquisa divulgada na semana passada, como mostrou o BuzzFeed News no Twitter, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) aparece em primeiro na maioria dos cenários.
O deputado Jair Bolsonaro (PSL) lidera no cenário espontâneo — tecnicamente empatado com Lula (PT) — e nos dois cenários em que o ex-presidente petista não aparece. No 1º, o PT não teria candidato; no 2º, Lula seria substituído pelo ex-prefeito Fernando Haddad. https://t.co/XBsy6QaFfS
Na pesquisa espontânea, em que o pesquisador não cita nenhum nome de candidato, o deputado federal aparece numericamente em primeiro, com 13% das menções, empatado dentro na margem de erro com Lula (citado por 11%).
Bolsonaro só figura na segunda colocação no cenário estimulado — quando o pesquisador cita os nomes dos candidatos — em que o ex-presidente Lula aparece como candidato do PT. O petista marca 29% das intenções, enquanto Bolsonaro tem 24%,