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Esta foto ilustra muito bem como oposição e governo reagiram à derrota de Temer no Senado

Comissão de Assuntos Sociais rejeitou o relatório da reforma trabalhista feito pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), por 10 votos a 9. Em viagem à Rússia, o presidente minimizou: "O plenário é que vai decidir e, lá, o governo vai ganhar."

A foto abaixo registra uma das mais duras derrotas ao governo Michel Temer (PMDB) até agora. A Comissão de Assuntos Sociais do Senado rejeitou, por 10 votos a 9, o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) que defendia a reforma trabalhista.

A oposição comemorou o resultado como se fosse um atestado de óbito do governo, que fia-se no discurso de que é necessário aprovar as reformas para o país voltar aos eixos. A expectativa era de que o relatório fosse aprovado, mas ocorreu o inverso, por placar apertado.

Os petistas Lindbergh Farias (RJ) e Paulo Paim (RS), por exemplo, se abraçaram como se estivessem comemorando um gol da seleção.

Ao fundo, a presidente do PT e senadora Gleisi Hoffmann (PR) também festejou com Humberto Costa (PE). Logo no início da sessão, Lindbergh teve um princípio de discussão com a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), que preside a comissão.

"Não vamos dar ares de normalidade ao que está acontecendo aqui. Isso é um escândalo. Estamos tirando direitos de trabalhadores no momento de crise como essa, em que esse presidente não tem legitimidade para continuar ocupando o Palácio do Planalto", afirmou Lindbergh, citando a entrevista de Joesley Batista à revista Época.

Marta rebateu com ironia — "A inconformidade do senador Lindbergh está registrada", ela disse.

A foto também mostra a reação de senadores que apoiavam a medida, principalmente o ex-ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL).

Jucá foi o principal defensor do governo. "Essa medida será um avanço. O governo vai cumprir a palavra, nós vamos modernizar a relação do trabalho, nós vamos ampliar a contratação", disse ele antes da derrota.

Três senadores da base de apoio ao governo votaram pela rejeição do relatório: o tucano Eduardo Amorim (SE), o peemedebista Hélio José (DF) e Otto Alencar (PSD-BA).

O tucano Flexa Ribeiro (PA), correligionário do relator Ricardo Ferraço, parecia incrédulo com o resultado.

Na oposição, não foram só os petistas que comemoraram. Os senadores Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também aplaudiram bastante o resultado.

Votaram a favor do relatório

  1. Waldemir Moka (PMDB)
  2. Ailton Sandoval (PMDB)
  3. Elmano Férrer (PMDB)
  4. Flexa Ribeiro (PSDB)
  5. Ricardo Ferraço (PSDB)
  6. Dalírio Beber (PSDB)
  7. Ana Amélia (PP)
  8. Cidinho Santos (PR)
  9. Vicentinho Alves (PR)

Votaram contra o relatório

  1. Hélio José (PMDB)
  2. Eduardo Amorim (PSDB)
  3. Lídice da Mata (PSB)
  4. Randolfe Rodrigues (Rede)
  5. Ângela Portela (PDT)
  6. Humberto Costa (PT)
  7. Paulo Paim (PT)
  8. Paulo Rocha (PT)
  9. Regina Sousa (PT)
  10. Otto Alencar (PSD)

Em viagem oficial à Rússia, o presidente Michel Temer disse que a Comissão de Assuntos Sociais era "uma etapa só".

"O plenário é que vai decidir e, lá, o governo vai ganhar", disse o presidente. Assista à declaração abaixo.

(AI) Michel Temer destaca q o plenário do @SenadoFederal tem a última palavra sobre a modernização trabalhista. “O… https://t.co/bbCM2omtx2

Divulgação

Assista à íntegra das discussões no vídeo abaixo.

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Reprodução

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