As mudanças que a reforma política em discussão na Câmara pretende implementar tendem a dificultar a campanha de candidatos majoritários em partidos com poucos deputados.
Ou seja, caso o relatório do deputado Vicente Cândido (PT-SP) seja aprovado da maneira que foi apresentado, Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSC) — presidenciáveis que estão bem nas pesquisas eleitorais — podem ter dificuldades em 2018.
Isso porque a proposta deseja mudar as regras para coligações partidárias e a forma como o tempo do horário gratuito de propaganda eleitoral é dividido.
Hoje, cada partido tem direito a uma parcela do tempo total, que é proporcional à quantidade de deputados da bancada.
Siglas nanicas ou que não têm candidatos a cargos majoritários, dessa forma, acabam sendo cortejadas por partidos maiores em troca do tempo na televisão.
Se as mudanças nas regras de coligação partidária forem aprovadas na Câmara da maneira que foram escritas, cenas como esta abaixo tendem a ficar mais raras.
Há cinco anos, em junho de 2012, Lula chancelava a coligação entre PT e PP na cidade de São Paulo, após uma feijoada organizada pelo inconfundível Paulo Maluf, deputado que comandava a sigla naquela época. O objetivo: aumentar o tempo de TV reservado a Haddad no horário gratuito de propaganda eleitoral.