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Publicar notícias falsas NÃO infringe as regras de uso do Facebook

A justificativa do Facebook para excluir 196 páginas e 87 perfis, na semana passada, não foi o conteúdo compartilhado, mas A MANEIRA como esse conteúdo era compartilhado.

Desde que o Facebook anunciou a retirada de 196 páginas e 87 perfis, na quarta-feira (25), surgiram questionamentos sobre os critérios que levaram à decisão.

Apesar de a empresa ter ressaltado em nota que as páginas excluídas promoviam "conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação", notícias falsas NÃO FORAM o motivo que levou à exclusão dessas páginas.

A justificativa oficial do Facebook para excluir páginas e perfis — como os ligados ao MBL (Movimento Brasil Livre) — foi o que a empresa chama de "comportamento não autêntico".

Isso não tem a ver com o conteúdo compartilhado em si, mas com A MANEIRA como o conteúdo é compartilhado.

Os padrões da comunidade do Facebook definem "comportamento não autêntico" como "criar, gerenciar ou perpetuar contas falsas, contas com nomes falsos ou contas que participam de comportamentos não autênticos coordenados".

Foi esse último trecho — "comportamentos não autênticos coordenados" — que levou à decisão de retirar do ar páginas e perfis ligadas ao MBL.

Na nota divulgada na quarta passada, o Facebook afirma que as páginas e perfis "faziam parte de uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo".

Membros do MBL buscaram rebater o argumento ao afirmar que contas de pessoas com identidades reais também foram excluídas. No entanto, segundo o BuzzFeed News apurou, o Facebook considerou que havia casos em que várias pessoas administravam um mesmo perfil no Facebook, mesmo com a identidade do perfil sendo verdadeira.

O combate a notícias falsas no Facebook não prevê a retirada do conteúdo da plataforma, mas a diminuição do alcance daquele conteúdo.

No Brasil, a empresa também possui três parcerias de checagem de fatos — grupos como o MBL acusam essas agências de checagem de atuarem de modo ideológico.

Nenhuma das iniciativas do Facebook contra notícias falsas, porém, prevê a derrubada de páginas e perfis.

Tanto é assim que uma breve busca mostra que páginas que disseminam notícias falsas continuam a existir na plataforma.

Um exemplo é a Pensa Brasil, que tem selo de verificação e publicou que a primeira-dama Marisa Letícia, morta em 2017, estaria viva na Etiópia, esperando uma fuga de Lula, que está preso. A mentira teve mais de 100 compartilhamentos.

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