Mortes sobem para 95 e cenário pode piorar com possível greve da Polícia Civil

    Governador Paulo Hartung (PMDB), que está de licença médica, chamou o movimento de "chantagem" e disse que não negocia com os PMs. Enquanto isso, a Polícia Civil fará uma assembleia para decidir se também para.

    Mais dez pessoas foram assassinadas na madrugada desta quarta (8), e o número de mortos durante a crise de segurança no Espírito Santo chegou a 95, diz o Sindicato da Polícia Civil.

    O governo do Estado se recusa a divulgar dados oficiais.

    Funcionários do Departamento Médico Legal relataram que até mesmo procedimentos de praxe, como a espera obrigatória de 6 horas entre a morte e o início da necropsia, não estão sendo seguidos a fim de agilizar a liberação dos corpos. Durante o dia, parentes de vítimas lotaram a sala de espera.

    O impasse entre a Polícia Militar e o governo se mantém. Pela manhã, o governador licenciado, Paulo Hartung (PMDB), disse que os policiais fazem "chantagem" com a paralisação.

    O secretário de Segurança Pública, André Garcia, já declarou que não vai negociar uma reposição salarial enquanto a polícia não voltar a trabalhar. "Coloco essas ocorrências e mortes na conta do movimento", ele afirmou, ao lado de Hartung.

    No início da tarde, membros da Polícia Civil foram ao Quartel do Comando Geral da PM manifestar apoio à paralisação.

    Boa parte dos policiais civis não trabalhou nesta quarta-feira, e uma entidade de classe chegou a anunciar uma greve, que depois foi desmentida pelo Sindicato da Polícia Civil (Sindipol).

    O movimento foi motivado pela morte do investigador Mário Marcelo de Albuquerque, que levou um tiro na barriga nesta terça-feira (7) ao tentar impedir um assalto a moto.

    O corpo de Marcelinho, como era conhecido, foi enterrado hoje sob aplausos e chuva de pétalas, jogadas de um helicóptero.

    Nesta quinta (9), o Sindipol fará uma assembleia geral para decidir se os policiais civis também farão uma paralisação.

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