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Entenda com mapas o que a prefeitura quer fazer com os ônibus de São Paulo

Gestão João Doria afirma que passageiros passarão a fazer mais baldeações, em média, mas que tempos de espera e de viagem irão cair.

Se a proposta da Prefeitura de São Paulo de alteração nas linhas de ônibus for aprovada, a gestão João Doria (PSDB) diz que o número de baldeações vai aumentar, mas o tempo de viagem irá cair. Isso porque, segundo a prefeitura, linhas serão canceladas ou alteradas a fim de tornar o sistema mais eficiente.

Porém, mesmo que a proposta seja aprovada, as mudanças serão graduais — de acordo com a Secretaria de Transporte, elas "só serão implantadas a partir de seis meses da assinatura dos novos contratos, com prazo para conclusão de três anos".

O edital foi divulgado em dezembro, mas o assunto voltou à pauta após o MPL (Movimento Passe Livre) publicar uma tabela que mostra quais linhas a prefeitura pretende cancelar e cortar.

O mapa abaixo, feito pela prefeitura, mostra um exemplo de mudança nas linhas. Atualmente, a linha 6036-10 (Jd. Macedônia–Sto. Amaro) faz o trajeto mostrado em amarelo. Pelo plano, ela seria extinta e daria lugar a duas novas linhas — exibidas abaixo em azul e vermelho.

A justificativa da gestão Doria para a mudança é que o tempo de intervalo entre os ônibus diminuiria (veja estimativas no mapa abaixo). Assim, segundo a prefeitura, os passageiros farão mais baldeações, em média, porém chegarão mais rapidamente aos destinos.

Outro exemplo de linha que o plano prevê extinguir é a 2582-21 (Cid. Pedro José Nunes–Term. Pq. D. Pedro II) — cujo trajeto passaria a ser coberto por outras duas linhas a serem criadas.

A ideia da prefeitura é dividir as linhas de ônibus em três tipos:

— Estrutural, com veículos maiores nas principais vias da cidade;
— Articulação, com ônibus médios ligando bairros a corredores; e
— Distribuidor, com veículos pequenos para circular apenas nos bairros.

A falta de informações claras sobre as possíveis mudanças ajudou a disseminar boatos nas redes sociais. Passageiros do 856-R (Socorro–Lapa), por exemplo, já criaram um evento para se despedirem da linha.

Não faltaram críticas ao prefeito João Doria.

Mano, o maldito do Doria vai acabar com o 856R - Lapa/Socorro, também conhecido como A TRANSIBERIANA DOS ÔNIBUS. Acabou SP depois dessa.

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João Doria é de longe o pior prefeito que já tivemos em SP. Vou me limitar a falar sobre o ônibus que esse "gestor" tirou do meu bairro. No horário da manhã, é um lixo pegar um ônibus, melhorou um pouco por causa do corredor que foi colocado em 2013 (...)

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Licitação de uniformes sobre suspeita Licitação de iluminação sob suspeita Licitação do carnaval sob investigação Licitação de semáforos sob suspeita Revisão do plano diretor sob suspeita Licitação de ônibus sob suspeita Isso pq o “gestor” só vai ficar 1 ano na prefeitura de SP

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A SPTrans, que administra o sistema de ônibus, diz que uma área maior da cidade será coberta com a mudança, aumentando a rede de 4.680 km para 5.100 km.

Leia a íntegra da nota da Secretaria Municipal de Transportes.

A SMT esclarece que está em consulta pública, até o dia 5/3, uma minuta do futuro edital de licitação de ônibus na cidade de São Paulo. Neste momento, o que existe é uma proposta de readequação da rede, que prevê ônibus chegando em mais ruas da cidade e com maior oferta de lugares na frota, atendendo melhor a população. Somente depois de esgotadas todas as análises de questionamentos e sugestões nessa fase de consulta é o que o edital definitivo será publicado.

A Secretaria de Mobilidade e Transportes (SMT) e a SPTrans seguem abertas ao diálogo com todos os setores da sociedade com o objetivo de construir um sistema municipal de transporte mais eficiente, confiável e confortável aos passageiros.

Vale ressaltar que as mudanças propostas em linhas só serão implantadas a partir de seis meses da assinatura dos novos contratos, com prazo para conclusão de três anos. Tudo será feito de forma gradativa e os passageiros serão avisados com antecedência por meio dos canais de comunicação da SPTrans.

Ainda assim, a SPTrans continuará acompanhando a dinâmica da cidade, como já faz, e, mesmo após a assinatura dos contratos, se for constatada necessidade de ajustes na operação dos ônibus, ou na rede projetada de linhas, eles serão realizados.


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