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Todos os ex-governadores vivos do Rio de Janeiro estão enrolados na Justiça

E no Legislativo a coisa não tá nada melhor.

Todo mundo sabe que as coisas não vão bem no Rio já há algum tempo.

Mas com a prisão do casal Garotinho, nesta quarta (22), um novo recorde foi estabelecido: todos os ex-governadores do Estado vivos estão encrencados com a Justiça.

Governadores do RJ eleitos na Nova República: 83-87 Brizola - Morto 87-91 Moreira - Tem status de Ministro até 201… https://t.co/sDkjtFnlHL

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(Não perca a conta: esta foi a terceira vez que Garotinho foi preso.)

uma lista buzzfeed das vezes em que o garotinho já foi preso

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O ex-governador é acusado pelo Ministério Público de compra de votos.

O único ex-governador do Rio que está vivo e em liberdade é o ministro Moreira Franco — que é investigado na Lava Jato e desde setembro, graças a uma medida provisória, tem direito a foro privilegiado.

Moreira Franco foi acusado de formação de quadrilha junto com o presidente Michel Temer, o ministro Eliseu Padilha, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures e outros peemedebistas.

No início do ano, outra medida provisória havia concedido status de ministro — e, consequentemente, direito a foro privilegiado — a Moreira Franco, mas a medida havia perdido a validade em maio.

Se no Executivo do Rio a coisa tá feia, no Legislativo não está melhor.

Na terça (21), o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) mandou três deputados estaduais do PMDB — incluindo Jorge Picciani, atual presidente da Alerj — voltarem à cadeia.

Picciani e os correligionários Paulo Melo e Edson Albertassi haviam sido soltos após decisão da própria Alerj — que teve protestos e confronto entre a polícia e manifestantes. Servidores públicos do Estado protestam contra atrasos nos salários há mais de 1 ano.

No início de outubro, ao julgar o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o Supremo Tribunal Federal decidiu por 6 votos a 5 que, caso medidas judiciais (como prisão e recolhimento noturno) impliquem no afastamento de parlamentares de suas funções, a Casa legislativa responsável deve chancelar a decisão da Justiça. Por isso, o Senado votou a favor de Aécio reassumir seu mandato.

No caso de Picciani, Melo e Albertassi, a Assembleia do Rio (Alerj) também realizou uma votação para decidir se eles deveriam ser soltos, valendo-se de trâmite análogo ao determinado pelo STF na esfera federal. Dois dias depois, o TRF-2 decidiu de forma unânime (5 votos a 0) que a manobra era inconstitucional.

Jorge Picciani, depois da sua passagem relâmpago pela prisão, disse que “o sistema carcerário é muito degradante”.… https://t.co/2CDglmWv86

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E a chance de os deputados presos serem cassados é mínima. Além de o PMDB ter maioria absoluta no Conselho de Ética, o colegiado era presidido por um dos presos, Edson Albertassi. Mesmo assim, o PSOL prometeu apresentar uma representação contra eles.

Segundo a investigação, Albertassi — braço-direito de Picciani e líder do governo Pezão — controlava 68 cargos na Alerj, com salários de até R$ 30 mil.

A operação da Polícia Federal contra os deputados só foi deflagrada após o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), ter indicado Albertassi para ser conselheiro no TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Antes de Albertassi assumir o cargo, a PF o abateu em pleno voo. Ele ocuparia a vaga que era do ex-conselheiro Jonas Lopes — ele virou delator em uma operação que prendeu 5 dos 7 conselheiros do TCE.

🔰Piada do Rio de Janeiro 💭 O filho pergunta para a mãe: - Mãe, no Rio o ladrão rouba desde Garotinho? - Não filho,… https://t.co/17pUt6DGmG

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Na noite de ontem, durante uma transmissão ao vivo no Facebook, Garotinho comemorou a prisão de Picciani — mal sabia ele que também acabaria atrás das grades algumas horas depois.

Não foi a primeira vez que ele comemorou a prisão de um adversário, inclusive. Garotinho foi preso em 16 de novembro do ano passado, um dia antes do também ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).

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