Como funcionava o esquema que desviou verba de bolsas de pós-graduação

Motorista, cabeleireira, cozinheiro e mais 26 pessoas são acusados de desviar R$ 7,3 milhões em bolsas de pós-graduação da UFPR.

A Polícia Federal prendeu 29 pessoas, nesta quarta-feira (15), acusadas de desviar R$ 7,3 milhões destinados a bolsas de estudo de pós-graduação na Universidade Federal do Paraná.

Entre os detidos, há uma cabeleireira, um cozinheiro e até uma mulher aposentada por invalidez. Duas secretárias da UFPR envolvidas no esquema foram responsáveis por autorizar os pagamentos, segundo o inquérito da Polícia Federal.

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As servidoras Conceição Mendonça e Tânia Márcia Catapan eram responsáveis por autorizar os pagamentos. O trabalho delas, em tese, era comprovar que pesquisas acadêmicas foram realizadas antes de liberar o pagamento das bolsas.

Como não havia pesquisa acadêmica alguma, o dinheiro caía nas contas de outros integrantes do esquema sem problema. A PF incluiu uma foto em que Márcia Cristina Catapan, filha de Tânia, aparece junto com algumas das pessoas beneficiadas.

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As primeiras suspeitas de fraude surgiram após uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) na UFPR.

"A expectativa normal desse trabalho era deparar com achados que diziam respeito, por exemplo, ao acúmulo indevido de bolsas por servidores , professores ou alunos", diz o inquérito.

Porém, técnicos do TCU e da própria universidade encontraram 27 bolsistas que não tinham vínculo algum com a UFPR.

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Segundo a PF, o esquema funciona pelo menos desde 2013, e pode haver mais integrantes que ainda não foram descobertos.

Boa parte das pessoas presas é parente entre si, o que denota certo grau de amadorismo na confecção do esquema.

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