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Ciro diz que nenhum candidato a 2018 sairá "com o paletó limpinho"

Pré-candidato do PDT, ele avalia que disputará parte do eleitorado com Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

Ex-ministro do governo Lula e pré-candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta terça (24) que nenhum candidato terminará a campanha de 2018 "com o paletó limpinho".

Ciro avaliou também que, na disputa do ano que vem, o nome de Lula não estará nas urnas. "É lamentável o que está acontecendo, mas não vejo ele candidato, não", disse.

Ciro deu uma palestra no Congresso Estadual da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) em São Paulo. Sem ocupar cargo eletivo desde 2011, quando completou o mandato de deputado federal, o ex-ministro tem aproveitado eventos do tipo para avançar sua candidatura. Neste ano, ele realizou palestras remuneradas em 8 dos 9 congressos estaduais da CSB.

O pré-candidato mantém próximos movimentos sociais que, antes, se alinhavam quase sempre ao PT — em 2014, a CSB apoiou Dilma Rousseff desde o início da campanha. "O PT não é meu inimigo e nem meu adversário, eu apenas tenho uma discordância conceitual e acho que o partido deve ser responsabilizado pelos seus erros", ele disse.

Ex-ministro (Integração Nacional) de Lula, Ciro acha que o ex-chefe ficará inelegível antes da disputa, mas ressalva: "Torço muito pela absolvição dele."

Na quinta passada (19), durante palestra na Firjan (Federação das Indústrias do Rio), Ciro disse uma frase que gerou impacto negativo em sua pré-campanha, ressoando principalmente entre as mulheres.

Ao comentar a pré-candidatura de Marina Silva (Rede), Ciro disse que "o momento é de testosterona". Três dias depois, em entrevista ao programa Canal Aberto da Band, afirmou ter sido mal interpretado.

Nesta terça, ele não quis comentar: "Tudo o que tinha para se falar sobre o assunto já foi falado."

Ciro, porém, quis falar sobre o eleitorado em potencial do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) — o pedetista acredita disputar parte desses votos.

"Há uma fração [dos eleitores de Bolsonaro] que está procurando nele autoridade, decência, integridade — no sentido de não se disfarçar para ganhar voto, não andar mentindo", analisou.

Essa parcela, ele acredita, abandonará Bolsonaro quando a campanha do deputado começar a sofrer ataques. "Quando começar o conjunto de micos", segundo definiu.

O pré-candidato, é claro, calcula que também será alvo de ataques. "Virão, violentamente", ele disse. "Só que meu eleitor não vai ter que explicar nenhum mico, porque eu não cometo", continuou.

Tem certeza? "Você tem uma frase e tal, pela qual eu já me desculpei", disse, referindo-se à seguinte declaração, que deu em 2002: "Minha companheira tem um dos papeis mais importantes [na campanha], que é dormir comigo."

Ciro buscou ponderar: "Quinze anos atrás? Quinze anos atrás eu tinha cabelo... É só o que tem pra dizer de mim?"

E então concluiu o raciocínio: "Evidentemente que nessa campanha ninguém sai com o paletó limpinho. Agora, o meu eleitor não vai ter que explicar mico nenhum."

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