Candidatos de SP baixam o nível para tentar chegar ao 2º turno

    Marta disse que Russomanno é mentiroso. Russomanno retribuiu na mesma moeda e lembrou "relaxa e goza". Doria, por sua vez, virou alvo por terreno invadido em Campos do Jordão.

    A uma semana do primeiro turno, no próximo domingo (2), os candidatos em São Paulo baixaram o nível dos ataques.

    O acirramento acontece num cenário em que ao menos três candidatos têm chances claras de chegar ao segundo turno.

    Segundo a pesquisa mais recente do Datafolha, há um triplo empate técnico na liderança: João Doria (PSDB), 25%; Celso Russomanno (PRB), 22%; e Marta Suplicy (PMDB), 20%.

    Um dos primeiros sinais de que a campanha tomaria o rumo do brejo veio na última semana, quando a equipe de Marta passou a veicular um vídeo contra Russomanno na televisão.

    No spot, um narrador insta os eleitores a buscarem na internet por "Russomanno Bar do Alemão". Trata-se de um restaurante que foi à falência, em Brasília, do qual o candidato era sócio.

    O assunto voltou à tona no debate da Record, no domingo (25):

    Segundo a Marta Suplicy, o Celso Russomanno faliu o Bar do Alemão, a clínica do Doctor Rey e a Padaria Forno do Padeiro #DebateNaRecord

    O aluguel não era pago desde 2013, e o estabelecimento foi oficialmente despejado em agosto, por decisão da Justiça do Distrito Federal. Além disso, ex-garçons do estabelecimento cobram dívidas trabalhistas.

    Por meio de sua assessoria, Russomanno afirmou à época que o restaurante faliu por conta da "crise econômica".

    Marta e Russomanno se digladiaram ao vivo, durante o debate. O ex-líder das pesquisas acusou a peemedebista de atacar "primeiro", de "jogo sujo" e de "jogo baixo".

    Logo no primeiro bloco, Marta disse que a Justiça considerou uma propaganda de Russomanno mentirosa e lançou uma pergunta: "Você votaria em um candidato que mente assim?".

    Enquanto Marta perguntava, Russomanno ficou impassível:

    Russomanno começou a resposta dizendo que Marta estava errada. "A senhora mente e vai responder por isso judicialmente, pode ter certeza disso", disse.

    Mais à frente, baixou o nível. Disse que, quando Marta era ministra do Turismo, ela estava em Paris durante o caos aéreos.

    "A senhora estava em Paris dizendo para o pessoal relaxar e gozar", afirmou Russomanno.

    A briga entre Marta e Russomanno ocorre porque os candidatos disputam, basicamente, o mesmo eleitorado: a periferia paulistana. Doria, por outro lado, tem índices maiores entre os moradores de áreas mais ricas da cidade — e, por isso, pode se dar ao luxo de não brigar diretamente com os adversários.

    Outro tema explorado nos últimos dias é o terreno que Doria anexou ilegalmente à propriedade dele em Campos do Jordão.

    A Justiça já havia determinado a devolução do terreno, mas o tucano ainda não havia cumprido a decisão. O caso voltou à tona após uma discussão ao vivo durante o "SPTV", na Globo.

    A briga serviu de munição para os adversários nos últimos dois debates. Luiza Erundina (PSOL) foi a primeira a explorar o tema:

    Foi necessário o constrangimento num debate para Doria devolver o terreno que ocupou em Campos. Via @uol @SBTonline

    Doria não perdeu a calma ao responder os ataques.

    O tucano virou alvo até de Major Olímpio (SD), cujo partido é aliado do PSDB em São Paulo. O nanico disse que sua sigla foi pressionada após críticas que ele fez a Doria.

    Apontando para o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que estava na plateia, Olímpio disse: "Eu não tenho preço".

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