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Acusação de uso de jatos d'água contra morador de rua desata onda de críticas contra Doria

Funcionários terceirizados teriam molhado pertences de moradores de rua na praça da Sé, segundo reportagem da CBN. O prefeito negou que o episódio tenha ocorrido: "Não houve jato d'água em ninguém, houve uma interpretação de uma rádio."

A acusação de que a Prefeitura de São Paulo usou jatos d'água conta moradores de rua, após a madrugada mais fria do ano, desencadeou críticas contra o prefeito João Doria (PSDB).

O caso veio à tona com uma reportagem da CBN. Segundo a rádio, funcionários de uma empresa que presta serviços de limpeza molharam pessoas que dormiam na praça da Sé, bem como seus cobertores, por volta das 7h desta quarta (19).

Um morador de rua que não quis se identificar disse à reportagem da CBN que os funcionários não o abordaram antes de direcionar o jato d'água.

"Não dá nem tempo de levantar. Quando eles chegam, molham as coisas. Meu cobertor ficou encharcado. Sempre que isso acontece, a gente perde tudo", afirmou o homem.

Hoje, o prefeito João Doria (PSDB) negou peremptoriamente que pessoas tenham sido despertadas com jatos d'água, mas admitiu que pertences podem ter sido molhados durante o trabalho de zeladoria na praça da Sé, no centro da cidade.

"Não houve jato d'água em ninguém, houve uma interpretação de uma rádio", disse o tucano, após participar de um evento na capital paulista.

"Não tem o menor cabimento, nós apuramos isso, não houve essa situação", acrescentou o prefeito.

A reação negativa nas redes sociais foi imediata.

Eu não tenho condições de acompanhar as lambanças do Dória até 2020. Acordar morador de rua com jato de água gelada? E no frio de 8°? 😤

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@jdoriajr Dar banho de água gelada em morador de rua não é amenizar o sofrimento de ninguém seu sapatênis humano.

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2017: prefeitura jogando água em morador de rua na noite mais fria do ano e GENTE ACHANDO CERTO

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Jogar jato d'água em morador de rua nesse frio nem surpreende numa prefeitura que demoliu prédio com gente dentro e sem autorização.

Em nota, a prefeitura afirma que "realizará ações emergenciais para distribuição de cobertores, roupas e alimentação" e que há 11.800 vagas em abrigos para moradores de rua no centro.

Nesses locais, as pessoas em situação de rua podem tomar banho e recebem mantimentos para enfrentar o frio, mas são obrigadas a seguir algumas regras, como acordar às 6h.

A prefeitura acrescentou, ainda, que "a população também pode ajudar as pessoas em situação de rua solicitando uma abordagem social por meio da Coordenadoria de Atendimento Permanente e de Emergência (Cape), que funciona 24 horas por dia, e pode ser acionada pela Central 156."

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