Isto é só parte do que perdemos para sempre no incêndio do Museu Nacional

    Duzentos anos de história e pesquisa, esqueletos de dinossauros, o maior acervo egípcio e o mais antigo fóssil humano já encontrado nas Américas estavam no prédio.

    As pessoas estão expressando sua tristeza vendo o que se perdeu no incêndio do Museu Nacional que queimou ontem (2).

    O Museu Nacional tinha o maior acervo de meteoritos do Brasil, esqueletos de preguiças gigantes, um pterossauro, animais fossificados... Mais de 70000 itens relacionados às ciências da terra Tinha mais de 200 anos TINHA O CRÂNIO DA LUZIA A gente perdeu isso. Queimamos isso

    A perda mais lamentada é provavelmente a do crânio de Luzia, o mais antigo fóssil humano a ser encontrado na América do Sul.

    essa era luzia, a primeira brasileira. o crânio dela, o mais antigo fóssil humano já encontrado nas américas, ardeu em chamas no museu nacional :( https://t.co/w5xsC29pWg

    O crânio tinha mais de 11 mil anos e sua descoberta foi fundamental para entender como o ser humano habitou o continente sul-americano.

    Mas o Museu Nacional do Rio de Janeiro contava ao todo com 20 milhões de itens.

    As coleções incluem geologia, botânica, paleontologia e muito mais.

    Por exemplo, o meteorito de Bendegó, parte do acervo de geologia, é o maior já encontrado em solo brasileiro e uma das poucas peças que resistiram às chamas.

    Uma curiosidade sobre essa rocha é que ela já foi visitada até por Albert Einstein.

    Salvador, 3 de setembro de 1931. Dia de relembrar a visita do físico Albert Einstein ao Museu Nacional do Rio de Janeiro, ocorrida há 6 anos. Na foto, o meteorito Bendegó, encontrado em 1784 em Monte Santo-BA. O Museu guarda importante acervo de história natural e antropologia. https://t.co/gH7ygpPYMQ

    O acervo de paleontologia era riquíssimo, e parte dele pode ser visto nesta thread do @vgraecus .

    Os pterossauros eram répteis alados.

    O Angaturama limai foi o primeiro esqueleto de dinossauro carnívoro brasileiro a ser montado no país.

    É provável (e compreensível, já que o Museu Nacional nunca teve muita divulgação), que muitos nem soubessem que tínhamos este tipo de achado no Brasil.

    Tinha a preguiça gigante, que media mais de quatro metros de altura e tinha mais de 12 mil anos.

    O Museu Nacional do Rio de Janeiro foi considerado o maior museu de História Natural da América Latina.

    Além de ter a maior coleção egípcia da América Latina.

    Pois é, múmias e sarcófagos inteiros.

    TREZENTOS E QUATRO ANOS ANTES DE CRISTO.

    Máscara dourada, Período Ptolemaico, c. 304 a.C.

    As múmias em exposição não eram apenas egípcias: seres humanos que viveram na pré-história do nosso continente também estavam lá.

    Múmia atacamenha, 4700-3400 anos antes do presente.

    E ainda, esculturas greco-romanas.

    Estatueta Koré. Civilização grega ou romana, século V a.C

    E artefatos etruscos. ETRUSCOS.

    Cálice com cariátides etrusco, século VII a.C.

    No museu havia peças que contavam a história de povos indígenas pré-colombianos.

    Figura antropomorfa do povo pré-colombiano Huari 500-1200 dc

    Não só peças de cerâmica como também trajes rituais.

    Índios Ticunas. Traje ritual (representação de beija-flor). s.d.

    Sem falar no próprio palácio, no qual nasceu D. Pedro II.

    E, irônica e tristemente, na entrada do museu havia uma placa com os dizeres: "Todos que por aqui passem protejam esta laje".

    só de ler a entrada do museu nacional e ver o que tá acontecendo agora com ele da vontade de chorar

    Veja também:

    Utilizamos cookies, próprios e de terceiros, que o reconhecem e identificam como um usuário único, para garantir a melhor experiência de navegação, personalizar conteúdo e anúncios, e melhorar o desempenho do nosso site e serviços. Esses Cookies nos permitem coletar alguns dados pessoais sobre você, como sua ID exclusiva atribuída ao seu dispositivo, endereço de IP, tipo de dispositivo e navegador, conteúdos visualizados ou outras ações realizadas usando nossos serviços, país e idioma selecionados, entre outros. Para saber mais sobre nossa política de cookies, acesse link.

    Caso não concorde com o uso cookies dessa forma, você deverá ajustar as configurações de seu navegador ou deixar de acessar o nosso site e serviços. Ao continuar com a navegação em nosso site, você aceita o uso de cookies.