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STF vai decidir se Caiado mandou seguranças darem "unhadas" em ex-prefeito

Não bastasse a Lava Jato, o foro privilegiado, e outras centenas de ações, caberá ao STF definir caso de 2010, em que um ex-prefeito de Turvânia (GO) acusa Caiado de difamação e de mandar seguranças agredi-lo. Laudo mostra que ex-prefeito foi ferido na base da ‘unhada’.

O STF recebeu recentemente um inquérito em que o ex-prefeito de Turvânia (GO) José Rodrigues Rosas acusa o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, de lhe ter difamado durante um comício.

E mais, de ter mandado que seguranças o agredissem, o que acabou resultando em escoriações feitas por ‘unhadas’, segundo laudo médico.

O caso é de 2010. Caiado disputava sua reeleição para deputado federal e fez um comício em Turvânia próximo à "Lanchonete do Rubinho”.

Do carro de som, disparou críticas ao então prefeito — que na época era do DEM - acusando-o de trair o partido por estar apoiando candidatos que não os escolhidos pela direção da sigla.

Nas palavras do ex-prefeito, Caiado o chamou de prefeitinho desqualificado, que enche a lata de dinheiro e de nojentinho (devido à baixa estatura do político), entre outras coisas que ele não consegue se lembrar.

Como o prefeito estava com alguns aliados numa casa perto da "Lanchonete do Rubinho”, foi com sua turma para perto do carro de som e, em sua versão, queria só esperar o fim do falatório para “cumprimentar" Caiado.

Ao chegar perto do trio ele diz que o hoje senador mandou seus seguranças agredi-lo, e que levou chutes e pontapés, tendo inclusive perdido seu óculos na confusão.

A versão de Caiado nos autos é outra. Lá o hoje senador diz que também processa o ex-prefeito por difamação. Segundo ele, foi o adversário que se aproximou do carro de som começou a lhe xingar, querendo partir para a agressão física.

Testemunhas foram ouvidas pela polícia. Aqueles que apoiam Caiado dizem que o ex-prefeito estava muito irritado e realmente foi para perto do carro de som para xingar e arrumar briga.

Os ligados ao ex-prefeito, por outro lado, dizem que Caiado ordenou as agressões.

O senador, por sua vez, conta que, sem dar muita bola ao ex-prefeito, desceu do trio e, enquanto a confusão acontecia, foi à “Lanchonete do Rubinho” cumprimentar eleitores.

De acordo com laudo médico, após o episódio o ex-prefeito apresentava edemas e escoriações. Foi tratado com curativos e remédios para dor.

Respondendo à pergunta sobre qual o instrumento ou meio que produzia a ofensa o perito escreveu: “unhada”.

Sobre o episódio, Caiado disse que não ordenou a nenhum de seus seguranças a agredir o ex-prefeito. Disse ainda que acredita que o fato de o ex-prefeito ter tentado partir para a agressão pode ter feito com que militantes entrassem em conflito com o político.

Ele lembrou ainda que um grupo de mulheres que o apóia tentou segurar o ex-prefeito, de onde podem ter surgido as tais ‘unhadas' apontadas pelo perito.

Apesar de ter acontecido num comício de 2010, o caso chegou ao STF no mês passado e foi enviado à Procuradoria-Geral da República, que dará um parecer sobre o processo.

Ao final, em meio à turbulência política do país e milhares de casos que tratam de temas constitucionais e relevantes para a nação, o STF terá de decidir se Caiado foi ou não foi o mandante das ‘unhadas' contra o ex-prefeito.

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