O PT não quer passar mais dois anos fora da Mesa Diretora e de Comissões importantes da Câmara. Por isso, a tendência da maior parte da bancada é apoiar a reeleição de Rodrigo Maia, do DEM.
Apesar de a reeleição estar sendo questionada na Justiça, a expectativa é que o STF não se intrometa na disputa da Câmara e abra caminho para um novo mandato.
Nesse cenário, o PT tentará uma composição, mas não deixará de enfrentar dificuldades.
No quadro traçado por aliados de Maia, o PMDB, aliado de primeira hora e maior bancada da Câmara, terá a chamada primeira pedida.
Ou seja, depois de Maia eleito, o partido escolheria que lugar ocupar na Mesa. E a escolha será pela vice-presidência.
Em tese, o PT, que possui a segunda maior bancada, faria a segunda escolha. Mas, devido ao arco de alianças de Maia, essa vaga deve ficar para o PR, que deverá optar pela 1ª Secretaria.
Ainda dentro da aliança, a terceira pedida será do PP, que pode optar pela 2ª vice-presidência ou 2ª Secretaria. Somente na quarta pedida será a vez do PT.
Dentro desse xadrez para a reeleição de Maia, ainda é preciso acomodar o PSDB.
Para evitar atritos dentro da Câmara, selado o acordo os tucanos ganharão, enfim, o lugar que era de Geddel Vieira Lima na Esplanada, a secretaria de governo da presidência da República.