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Prisão domiciliar não foi capaz de impedir “atividade criminosa” de Geddel, diz juiz

Ex-ministro foi preso nesta manhã, dias após a descoberta de R$ 51 milhões num apartamento em Salvador. Investigação também coloca irmão de Geddel, o deputado Lúcio Viera Lima, na mira de autoridades.

No despacho que determinou a prisão do ex-ministro Geddel Viera Lima, o juiz federal de Brasília Vallisney de Souza Oliveira disse que a reclusão domiciliar a que o peemedebista estava submetido foi incapaz de impedir que ele continuasse a cometer crimes.

De acordo com o juiz, o fato de R$ 51 milhões terem sido encontrado em apartamento com as digitais de Geddel demonstrou que ele seguiu delinquindo (lavando dinheiro) mesmo estando submetido à medida cautelar de prisão domiciliar.

“Nem mesmo sua reclusão domiciliar foi capaz de prevenir sua atividade criminosa (…) Em outras palavras, os fatos supervenientes à prisão domiciliar de GEDDEL QUADROS indicam que a medida deferida pelo TRF da 1ª Região, sobretudo porque não foi possível a implantação da monitoração eletrônica, é (no momento) completamente ineficaz diante desse novo quadro, pois não garante a eficiência da medida, como se pode notar pela dinheirama encontrada (sem documentação e sem comprovação de origem) perto da residência em que se encontra cumprindo a prisão domiciliar decretada”, diz Vallisney.

O despacho de Vallisney ainda deixa na mira das autoridades o irmão de Geddel, deputado Lúcio Viera Lima, que foi presidente da comissão especial da reforma política na Câmara.

De acordo com a investigação, foi Lúcio quem pediu o apartamento emprestado ao empresário Sílvio Silveira, onde o dinheiro foi encontrado. No local a polícia também achou uma fatura em nome de Marinalva Teixeira de Jesus, funcionária do deputado.

Outro citado por Vallisney é o deputado Eduardo Cunha.

Além de Geddel, foi determinada a prisão de Gustavo Ferraz.

Ele seria o emissário de Geddel num encontro em que foi coletar dinheiro com Altair Alves, que vem a ser um operador de Cunha.

Além das prisões, o juiz ainda determinou novas buscas e apreensões, uma delas no apartamento da mãe de Geddel, que possui imóvel no mesmo prédio do filho.

BRASÍLIA ASSUSTADA

A prisão de Geddel assustou seus companheiros do governo. Muitos acreditam que ele não conseguirá ficar em silêncio caso sua prisão seja prolongada.

A avaliação é que uma delação de Geddel tem o potencial de atingir o presidente Michel Temer, seu principais ministros e a ex-presidente Dilma Rousseff.

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