Foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira a inclusão do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, na Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.
Ao receber a medalham do presidente, Jair Bolsonaro, Netanyahu detém agora a maior honraria oferecida pelo governo brasileiro a autoridades estrangeiras.
Apesar de a inclusão de acontecido oficialmente hoje, a medalha foi entregue por Bolsonaro a Netanyahu durante a visita do premiê ao Brasil em dezembro.
Ele foi um dos principais líderes internacionais a participar da posse de Bolsonaro na presidência e saiu do Brasil com a promessa de que a embaixada brasileira em seu país será transferida de Tel-Aviv para Jerusalém.
O caso, no entanto, criou uma das primeiras crises diplomáticas para Bolsonaro antes mesmo de ele assumir a presidência devido à críticas e ameaças feitas por países árabes, como o Egito, no caso de concretização da trasnferência.
Dentro do governo, há alas resistentes – militares e ruralistas – à mudança, uma vez o simples ato simbólico pode gerar dificuldades para o país no plano internacional. Por isso, apesar da promessa de Bolsonaro, a transferência da embaixada ainda está em compasso de espera.
ORDEM
A Ordem do Cruzeiro do Sul colecionou ao longo dos anos integrantes dos mais diversos espectros ideológicos.
Em 1961 o então presidente Jânio Quadros ofereceu a honraria a Che Guevara.
Quem também já recebeu a comenda foi a rainha da Inglaterra, Elizabeth II.
O Brasil também concedeu a medalha ao ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori. A comenda, oferecida por Fernando Henrique Cardoso acabou sendo cassada anos depois pelo Congresso.
Também já foram laureados com a Ordem do Cruzeiro do Sul os ditadores da Síria, Bashar Al-Assad (honraria oferecida pelo ex-presidente Lula), e o da Venezuela, Nicolás Maduro (por inciativa de Dilma Rousseff).
Entre figuras históricas, também ganharam a honraria o presidente americano Dwight Eisenhower (1890-1969).