O ex-governador de São Paulo e vice-presidente do PSDB Alberto Goldman disse nesta quinta-feira que o caminho “mais equilibrado” para o seu partido é deixar que o senador Aécio Neves permaneça como presidente da sigla pelo menos até dezembro, quando haverá a convenção nacional tucana.
A fala de Goldman acontece um dia depois de o presidente interino da sigla, senador Tasso Jeireissati (CE), defender publicamente a renúncia de Aécio do controle partidário.
“Em primeiro lugar, a renúncia é um ato unilateral. Não se pressiona ninguém para renunciar”, disse.
O vice-presidente, ainda repetiu o que disse Aécio ontem a alguns de seus aliados: que este assunto não deve ser debatido via imprensa. “É algo interno do partido”.
Apesar da tensão criada por Tasso — e reforçada, também ontem, pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) — sobre a renúncia, a manutenção de Aécio pelo menos até dezembro ganhou força.
O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Trípoli (SP), que apoia Tasso para o comando definitivo do PSDB e o afastamento do partido em relação ao governo Temer, comentou hoje que o caso sobre a renúncia de Aécio “está superado”.
Disse ainda que o fato de o governo ter trabalhado para salvar o mandato do senador não vai alterar os humores da bancada tucana na Câmara para a semana que vem, quando vai ser votada a denúncia contra o presidente Michel Temer.
Segundo ele, tal como foi no caso da primeira denúncia, a bancada votará dividida. “No máximo um voto para lá ou para cá pode mudar por alguma viagem ou missão oficial, fora isso nada muda."