O juiz Sergio Moro condenou nesta segunda-feira o ex-ministro Antonio Palocci a 12 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
De acordo com a sentença, Palocci operou uma conta corrente de propinas da Odebrecht identificada como “Italiano”.
Ao todo, ela teria movimentado cerca de R$ 128 milhões entre 2008 e 2013, mas a condenação neste caso se deu especificamente por US$ 10 milhões em propina paga aos publicitários João Santana e Mônica Moura em contas no exterior.
Na sentença, Moro destaca que Palocci estava envolvido num caso de macrocorrupção e que ele foi o principal administrador de uma das contas de propinas da Odebrecht.
O juiz ainda argumenta que parte do dinheiro foi usado para fraudar sucessivas eleições no Brasil.
Ainda cabe recurso contra a decisão de Moro. Palocci, que está preso em Curitiba (PR) desde setembro do ano passado, tenta um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
No mesmo processo, seu ex-assessor Branislav Kontic foi absolvido por falta de provas.