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Governo errou na política para combustíveis, diz Rodrigo Maia

Nesta segunda, houve protestos contra a alta de preços em 16 Estados e aliados estão se afastando de Michel Temer.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda-feira que o governo Michel Temer errou em sua política para combustíveis.

Pré-candidato ao Palácio do Planalto, Maia vem desde o fim de semana cobrando ações do governo para reduzir o preço nas bombas, e encontrou na alta da gasolina mais um argumento para se afastar politicamente de Michel Temer.

Numa segunda-feira em que protestos contra a elevação dos preços foram registrados em 16 Estados, quem também aproveitou o mote para se distanciar de Temer foi o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

A aliados no Ceará, onde busca sua reeleição, Eunício tem subido o tom das críticas ao governo e, principalmente, ao ministro Moreira Franco (Minas e Energia), a quem o senador debita a insatisfação com as altas nos combustíveis.

Juntos, Eunício e Maia vão instalar uma comissão nas duas Casas para debater a alta dos combustíveis.

Erros

Segundo Maia, no ano passado, quando a Petrobras passou a promover reajustes quase diários nos preços, relacionado-os com os do mercado internacional do petróleo, era preciso que uma regra transitória fosse adotada e um colchão fosse criado para evitar impactos como os que estão acontecendo, afetando especialmente a população de baixa renda.

"Naquela época [com as novas regras] já tinha impacto no gás de cozinha e também no combustível. O governo não compreendeu que mudar a questão dos combustíveis iria ter impacto para pessoas na base da pirâmide", disse. "O governo errou ao não fazer um colchão na transição de uma regra para outra", completou.

No fim de semana, pelo Twitter, Maia também defendeu que o governo zere um dos impostos que recaem sobre os combustíveis, a CIDE, e reduza um outro, o PIS-Cofins. Também ponderou que os Estados devem rever as alíquotas do ICMS.

No curto prazo, o governo federal deve avaliar a possibilidade de zerar a Cide e diminuir o PIS-Cofins. Os estados podem avaliar o mesmo para o ICMS.

Maia ressaltou, no entanto, que as medidas devem ser compensatórias e transitórias, sem falar em congelamento de preços, como aconteceu no governo anterior.

Além das sugestões sobre as alíquotas, Maia também cobrou que o governo pense em outras medidas para lidar com a crise de preços.

"O governo precisa trabalhar para a solução. Se só politica ortodoxa resolvesse, não precisava de governo."

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