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Esfaqueador era missionário de igreja, falava sozinho e tinha ideias conturbadas, diz família

Segundo uma sobrinha, Adelio Bispo de Oliveira, que esfaqueou Bolsonaro, sumiu "há 3 ou 4 anos" e, para família, estava vivendo como um andarilho.

"Ele era um missionário de igreja evangélica, mas nos últimos tempos ficava falando sozinho e estava com ideias muito conturbadas."

A frase é de Jussara Ramos, sobrinha de Adelio Bispo de Oliveira, o homem que foi detido pela polícia e confessou ter esfaqueado o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) nesta quinta-feira.

De acordo com Jussara, a família perdeu o contato com Adelio há cerca de "3 ou 4 anos".

Em sua última passagem pela casa da mãe, que durou cerca de quatro meses, Adelio conversava consigo mesmo, cochichava sobre política, retrucava reportagens políticas que apareciam na TV e se irritava quando era questionado por familiares.

Jussara contou que, devido a este comportamento, e por apresentar ideias que os familiares consideravam “conturbadas”, por diversas vezes tentaram lhe oferecer ajuda. Algo que ele nunca aceitou.

“Ele não aceitava a opinião de ninguém, não aceitava quando falávamos nada contra ele.”

Segundo ela, antes deste último encontro há 3 ou 4 anos, Adelio vivia viajando em sua função como missionário da Igreja Evangélica.

Desde que deixou a casa da mãe pela última vez, após uma briga com a família, ele evitou contato com os familiares.

Jussara contou que, devido à perda de contato, ninguém sabia se ele seguia pregando o evangelho pelo país ou se estava vivendo como andarilho e morando nas ruas.

Uma das últimas notícias que chegaram aos familiares foi a de que ele estaria vivendo em Florianópolis (SC). Por isso, todos ficaram chocados quando souberam do crime em Juiz de Fora (MG).

Sobre política, a sobrinha, ainda abalada, não falou sobre a filiação de Adelio ao PSOL. Ele ingressou na sigla em 2007 e a deixou em 2014.

Ela contou, no entanto, que ele sempre foi uma pessoa preocupada com os rumos do país e era grande crítico “ladroagem” dos políticos.

A parte mais política de Adelio, sempre de acordo com a sobrinha, só chegou ao conhecimento da família ao ver sua página no Facebook.

Jussara também afirmou que ele nunca deu sinais de que praticaria algum ato violento.

Com o crime, a família, com vários integrantes sofrendo com doenças como câncer e problemas cardíacos, estão tentando ser poupadas.

“Tem um tio meu que estamos tirando de casa para ele não ver as notícias, senão pode ser que ele tenha um novo infarto”, concluiu.

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