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Dilma sabia de caixa 2 em sua campanha de 2014, dizem marqueteiros

João Santana e Mônica Moura prestaram depoimento à Justiça Eleitoral em processo que pede a cassação da chapa Dilma/Temer.

Em depoimento à Justiça Eleitoral nesta segunda-feira o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura disse que Dilma Rousseff sabia que recursos de caixa dois foram usados em sua campanha de 2014.

Em seu depoimento, Mônica disse que, mesmo sem usar palavra caixa 2, tratou diretamente com Dilma de recursos não contabilizados para pagar o casal.

Ela ainda teria conversado com a então presidente sobre uma conta no exterior onde a Odebrecht depositou cerca de R$ 10 milhões. A dúvida era se ela estava vulnerável à Lava Jato.

A conversa com Dilma teria acontecido no Palácio do Planalto. João Santana, por sua vez, também disse que Dilma tinha conhecimento que recursos de caixa dois foram usados.

Quem ficou encarregado de fazer a operação do dinheiro teria sido o ex-ministro Guido Mantega, indicado por Dilma, e que posteriormente acertou com a Odebrecht para que repassasse o dinheiro.

Ainda sobre o depoimento, o jornal Folha de S.Paulo revelou que Santana evitava usar imagens de Michel Temer nas propagandas da reeleição. De acordo com ele, havia rejeição do eleitorado, que associava sua imagem à prática de satanismo.

Santana e Mônica foram presos pela operação Lava Jato e fecharam um acordo de delação premiada com o Ministério Público.

OUTRO LADO

A assessoria de Dilma divulgou a seguinte nota:

"Sobre os depoimentos sigilosos prestados pelo casal João Santana e Monica Moura, nesta segunda-feira, 24 de abril, perante a Justiça Eleitoral, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff esclarece:

1. João Santana e Monica Moura faltaram com a verdade no depoimento colhido pelo ministro relator Herman Benjamin, fazendo afirmações desprovidas de qualquer fundamento ou prova.

2. Dilma Rousseff nunca negociou diretamente quaisquer pagamentos em suas campanhas eleitorais, e sempre determinou expressamente a seus coordenadores de campanha que a legislação eleitoral fosse rigorosamente cumprida respeitada.

3. Tudo indica que o casal, por força da sua prisão por um longo período, tenha sido induzido a delatar fatos inexistentes, com o objetivo de ganhar sua liberdade e de atenuar as penas impostas por uma eventual condenação futura.

4. As evidências demonstram que, pelos pagamentos declarados ao TSE pela campanha de Dilma Rousseff de 2014, João Santana e Monica Moura foram os profissionais de marketing mais bem pagos na história das eleições no Brasil, recebendo nada menos que R$ 70 milhões de reais.

5. Desse modo, não havia e nunca houve qualquer razão ou motivo para que o casal recebesse nenhum centavo a mais pelos serviços prestados à campanha da reeleição, especialmente nos montantes pretendidos por Mônica Moura e muito menos por meio de pagamentos não contabilizados.

6. A presidenta eleita Dilma Rousseff repudia, mais uma vez, o vazamento seletivo de trechos dos depoimentos, renovando a necessidade de rigorosa investigação pela Justiça Eleitoral, como a sua defesa denunciara em outra oportunidade."

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