O advogado José Luis Oliveira Lima enviou ao STF um pedido para que seu cliente José Yunes seja liberado da prisão temporária que lhe foi imposta na manhã de hoje no bojo da operação Skala.
Lima diz que Yunes já havia prestado três depoimentos sobre um suposto envelope com dinheiro que passou por seu escritório de advocacia e envolve o ministro Eliseu Padilha, do qual alega ter sido uma "mula involuntária".
Por isso, destaca que foi uma surpresa para seu cliente ser preso na manhã de hoje para responder aos mesmos fatos que já havia narrado nas outras três ocasiões.
Devido a isso, o advogado pediu que Yunes seja liberado de sua prisão temporária ou que, ao menos, ela seja transformada em domiciliar, devido ao fato de ele ter 81 anos e enfrentar problemas de saúde.
Na petição, Lima ainda diz que, apesar de Yunes, por ser advogado, ter direito de ser acomodado numa sala de Estado Maior, ficou em sala comum na Polícia Federal. E a defesa ainda foi informada que, devido ao feriado de sexta-feira e final de semana, ele ficaria incomunicável até segunda-feira.
MOTIVOS DA PRISÃO
A prisão de Yunes e de outros alvos da Skala aconteceu por decisão do ministro Luís Roberto Barroso.
Ele acatou pedido da procurador-geral da República, Raquel Dodge.
Para as investigações, a Polícia Federal solicitou a intimação conjunta de todos os investigados, para que não fosse possível combinar versões e nem sumir com documentos alvos de buscas e apreensões.
Apesar disso, Dodge entendeu que a prisão temporária seria melhor para tal finalidade. O pedido acabou sendo aceito por Barroso.