A vida não está fácil para o pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, em seus embates contra o grupo de direita MBL (Movimento Brasil Livre).
Em junho, durante uma entrevista, ele chamou o vereador por São Paulo e membro do MBL Fernando Holiday (DEM) de "capitãozinho do mato", o que lhe rendeu uma investigação por injúria racial.
Depois disso, foi a vez de ele tentar tirar do ar dois vídeos do grupo com críticas ao político cearense que quer comandar o país.
Num dos vídeos, o pré-candidato a deputado estadual pelo DEM-SP e integrante do MBL Arthur do Val, do canal MamãeFalei, chama Ciro de "Tiro Gomes", afirma que o pedetista faz parte de velha oligarquia de coronéis e diz que, se "nem o Lula" confia em Ciro, por que o eleitor deveria confiar?
No outro vídeo, foi a vez do jovem cearense Carmelo Neto, de 16 anos, chamar Ciro de "frouxo", "covarde" e de só "posar de machão em seu feudo".
O PDT ingressou na Justiça Eleitoral solicitando a retirada imediata dos dois vídeos do ar. O partido alegou que o conteúdo traz fake news, agride a honra do candidato e traz inverdades e ofensas a Ciro.
O caso caiu nas mãos da ministra Rosa Weber, que não concordou com a argumentação do PDT.
Para ela, a crítica faz parte da democracia, ainda mais quando se trata de figuras públicas — por isso, pelo menos nesse momento, ela decidiu não tirar os vídeos do ar (decisão liminar).
Em outro momento, o caso será analisado com mais profundidade para se entender se Ciro teve ou não sua honra atacada pelo MBL.