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Bens de outro político foram parar na declaração de Collor por "erro de digitação", conclui desembargador

Desembargador de Alagoas não precisou nem ouvir o advogado de Collor para chegar a essa conclusão. Fazendas, empresas, carros e apartamentos que apareceram tanto na declaração de Collor quanto na de Arthur Lira.

Não foi preciso nem que o advogado do ex-presidente e hoje senador Fernando Collor (PTC) prestasse explicações à Justiça Eleitoral para que o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Alagoas enterrasse uma investigação contra ele.

Para o desembargador Paulo Zacarias da Silva, o fato de um apartamento, uma Pajero, empresas e fazendas, entre outras propriedades do líder do PP na Câmara, de Arthur Lira (AL), terem aparecido na declaração de bens de Collor foi resultado de um “erro de digitação”.

Como foi noticiado pelo BuzzFeed News na semana passada, vários bens apareceram, ao mesmo tempo, na declaração de Lira e na de Collor.

É possível ver aqui alguns do itens duplicados e que, segundo o desembargador, foram inseridos na lista de bens de Collor por um erro de digitação.

O interessante do caso é que até mesmo o advogado de Collor, João Lobo, tem mais suspeitas sobre o episódio que o próprio juiz.

O desembargador alega que ambos os candidatos fazem parte da mesma coligação.

Para o magistrado, a mesma pessoa — ou membros da mesma equipe — se equivocou ao apresentar os dados à Justiça Eleitoral.

Lobo, por sua vez, disse ao BuzzFeed News que pessoas diferentes inseriram os dados no sistema do TRE.

O advogado, inclusive, chegou a solicitar a relação de usuários e os horários em que o sistema foi acessado para a inserção de bens nas listas.

Mesmo sem descartar um equívoco qualquer, Lobo não deixa de desconfiar que alguém mal intencionado possa ter duplicado bens para prejudicar os candidatos.

Apesar das desconfianças, nada abalou a convicção do magistrado, que numa canetada negou pedido de adversários políticos para que o caso fosse investigado.

Os adversários já recorreram da decisão de Zacarias.

Fora isso, o mesmo pedido foi feito ao Ministério Público, que até agora não se manifestou sobre o assunto.

E segue em calmaria a eleição em Alagoas.

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