O presidente Michel Temer foi levado nesta quarta-feira para o Hospital Militar de Brasília.
Ainda se sabe pouco do estado de saúde do presidente. De acordo com o palácio do Planalto, ele foi submetido a exames e realiza tratamento para uma obstrução urológica.
Os exames não estavam previstos na agenda e ele foi levado às pressas para o hospital em um dia capital para a sobrevivência do governo.
Temer, que tem 77 anos, estava envolvido pessoalmente na negociação com os deputados para barrar, no plenário da Câmara, a segunda denúncia enviada pela Procuradoria-Geral da República.
Apesar da incerteza, integrantes da base governista na Câmara atuam para tentar realizar a votação da segunda denúncia contra o presidente ainda hoje.
A oposição e parte da base aliada não estão registrando a presença no plenário, numa manobra para impedir o alcance do quórum de 342 deputados e de desgaste do governo. O pior cenário para Temer é o adiamento da votação para outra data.
Logo após a notícia sobre a ida de Temer ao hospital, o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), correu para explicar aos deputados que o presidente passava bem e que a sessão para votação da denúncia deveria continuar.
O mesmo fez o deputado Beto Mansur, da tropa de choque de Temer, e o ministro Antonio Imbassahy.
Nesta tarde o Palácio do Planalto também divulgou uma nota explicando o estado de saúde de Temer.
VOTAÇÃO
Para que a votação da segunda denúncia contra Temer aconteça é preciso que pelo menos 342 deputados registrem a presença em plenário.
A oposição tenta evitar que esse número seja alcançado pois avalia que arrastar o processo por mais uma semana ou duas traria prejuízos políticos a Temer.
A base, por sua vez, tenta desde a manhã de hoje viabilizar o quórum para encerrar o caso da segunda denúncia e passar a discutir outros temas, como a reforma da previdência, no Congresso.