O PSDB realizou neste sábado (9), em Brasília, sua convenção nacional. Como esperado, o partido elegeu o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, presidente da sigla.
O clima no ninho tucano foi bastante ameno.
É certo que, em determinado momento, alguns dos militantes chegaram a trocar tapas em meio à plateia, mas o entrevero fugiu ao clima meio morno do encontro no passaredo.
Agora ex-presidente da sigla, o senador Aécio Neves fez uma rápida passagem pelo evento e nem usou a palavra de cima do palco (eu mesmo nem vi ele lá).
O prefeito de São Paulo, João Doria, também foi discreto, e num breve discurso disse que Alckmin deve ser o candidato à Presidência da República.
Nesse caminho, contudo, deve enfrentar o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, que quer disputar as prévias partidárias para a escolha do nome tucano que vai concorrer ao Palácio do Planalto.
Na convenção, o diferente perfil dos dois postulantes ao Planalto ficou evidente.
Enquanto Virgílio defendia posições de forma clara, como o apoio irrestrito à reforma da Previdência e ao casamento homoafetivo, Alckmin trazia ideias genéricas para o melhor desenvolvimento do país.
O interessante é que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que usou a palavra antes de Alckmin, pregou que o PSDB deveria colar os ouvidos nos anseios populares e deixar de lado programas abstratos para tratar objetivamente de temas interessantes à nação.
O conselho, no entanto, parece não ter atingido o novo presidente do PSDB.
Além de falar em sobre “perseguir a inovação de maneira obsessiva” e criar o futuro a “passos largos”, Alckmin acabou sendo bastante aplaudido quanto atacou o ex-presidente Lula.
Disse que o petista, ao querer retornar ao Palácio do Planalto, quer mesmo é voltar à cena do crime.
No demais, a convenção do PSDB fez aparecer alguns apoiadores incondicionais de Aécio Neves…
A rápida troca de tapas entre os militantes ocorreu sob o pretexto de que o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, havia infiltrado alguns aliados no ninho. E teve também uma vaia para Rollemberg — o governador de Brasília, que é do PSB, e resolveu dar uma passada no rolé.
E foi isso. Ficando, para o fim, a mensagem do Geraldo Alckmin 2018: