Voltar ao trabalho depois de férias prolongadas de fim de ano, ainda mais quando o Carnaval está logo ali, parece ser algo que não agrada a maioria dos parlamentares.
Dos 513 deputados, somente 89 estavam no Congresso no momento em que a sessão solene de volta dos trabalhos foi encerrada.
Ou seja: dos 513 deputados, 424 cabularam a primeira sessão do ano.
É verdade que, alguns, chegaram atrasados e, mesmo perdendo o principal evento do dia, aparecerem na Câmara.
Como a sessão não era deliberativa, ninguém vai ter o ponto cortado e todos vão receber o salário integral no fim do mês.
ATRASADOS
De acordo com dados do monitoramento de presenças, a sessão solene acabou às 18h12, quando 89 deputados estavam na Casa. Deste horário até às 18h51, outros parlamentares apareceram no Congresso e o número de deputados chegou a 105.
Como não houve registro pessoal de presença na sessão solene, não há lista oficial dos deputados que compareceram ou dos que faltaram ao primeiro dia de trabalho.
A Câmara disponibiliza somente um número genérico da presença pois os seguranças que ficam nas entradas da Casa contabilizam cada vez que um parlamentar ingressa no recinto.
SENADO
No caso do Senado, a contagem fica um pouco mais difícil. Diferente da Câmara, não houve nesta segunda-feira uma contabilização de parlamentares.
Na base do olhômetro, um funcionário da Mesa disse que “mais de 30 senadores passaram” pelo plenário. Mas, oficialmente, às 18h56, só 13 haviam registrado formalmente a presença.
SESSÃO
A sessão que marca o reinício dos trabalhos do Congresso foi marcada pela leitura de uma mensagem enviada ao Legislativo pelo presidente da República, Michel Temer, e por discursos dos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (MDB-CE), respectivamente.
Além deles, também estiveram presentes no evento a presidente do STF, Cármen Lúcia, e alguns ministros de Temer, como Carlos Marun (Articulação Política) e Eliseu Padilha (Casa Civil).
Na mensagem de Temer, o presidente disse que o país avançou muito durante o seu governo e que está novamente nos “trilhos”, pronto para uma fase de crescimento.
Ele ainda cobrou dos congressistas a aprovação urgente da reforma da previdência.
O mesmo fizeram Rodrigo Maia e Eunício Oliveira, dizendo que a reforma é essencial para o equilíbrio das contas públicas brasileiras.
Além disso, disseram que as alterações nas aposentadorias não vão atingir as camadas mais pobres da população.