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29 curiosidades sobre prédios de São Paulo de um livro de arquitetura para crianças

“Prédios de São Paulo para Crianças” quer apresentar conceitos de arquitetura e um pouco da história da cidade ao público infantil.

Depois de três edições do livro “Prédios de São Paulo”, com fotos de prédios emblemáticos da capital paulista, os organizadores lançaram um financiamento coletivo para publicar “Prédios de São Paulo para Crianças”, com a pretensão de apresentar conceitos de arquitetura e um pouco da história da cidade a um público bem mais novo.

O livro traz uma série de curiosidades sobre prédios e fatos históricos de São Paulo, com texto de Tatiana Engelbrecht e desenhos de Daniel Almeida. Eles criaram um personagem, o cão-farejador Miro, para procurar tesouros da arquitetura no centro histórico da cidade.

Eis algumas das curiosidades (e algumas das ilustrações) do livro “Prédios de São Paulo para Crianças”:

Edifício Martinelli

1. Foi o primeiro prédio da cidade com 30 andares.

2. Os órgãos técnicos da época chegaram a embargar a obra de construção do edifício por duvidar de que, com 105 metros de altura, ele teria condições de ficar de pé.

3. Alguns vizinhos se mudaram do entorno do Martinelli com medo de uma possível queda.

4. Para demonstrar a solidez da construção, o comendador Giuseppe Martinelli, italiano que enriqueceu como comerciante no Brasil, passou a morar no topo do edifício.

5. O prédio foi concluído em 1934 — mas, um ano antes, com a obra já se destacando na silhueta da cidade, o dirigível Graf Zeppelin sobrevoou São Paulo e e fez uma manobra giratória exatamente em cima de seu prédio (na época) mais alto.

Edifício Matarazzo

6. Abrigando hoje a Prefeitura de São Paulo, foi sede das Indústrias Matarazzo, conglomerado de empresas do italiano Francisco Matarazzo.

7. A concepção do edifício ficou a cargo do arquiteto italiano Marcello Piacentini. As varandas foram idealizadas para que o ditador fascista Benito Mussolini discursasse em visita ao Brasil.

8. A viagem de Mussolini ao Brasil nunca aconteceu, mas os três Ms esculpidos em baixo relevo nas varandas (simbolizando os nomes de Martinelli, Matarazzo e Mussolini) estão ali até hoje.

Antigo Banco de São Paulo

9. A obra do arquiteto Álvaro de Arruda Botelho foi construída de 1935 a 1938 e é o maior exemplo do estilo art-déco em São Paulo, com detalhes desenhados exclusivamente para o prédio, como sua fachada, as fechaduras, as portas giratórias, os elevadores e o piso em mosaico.

10. Hoje abriga a Secretaria Estadual de Esportes, Lazer e Turismo e o saguão principal está aberto para visitação durante os dias de semana.

11. Nesse saguão funcionava a agência bancaria e tudo está praticamente intocado — o prédio é um dos poucos com tombamento completo (exteriores e interiores).

12. Entre os detalhes que podem ser admirados, estão o relógio sobre o mezanino, as esculturas do chileno Furest Muñoz, o piso em mosaico do italiano Ferdinando Gennari e os balcões em metal e vidro onde se preenchiam cheques e documentos.

Edifício Altino Arantes, a.k.a. Banespão, hoje Farol Santander

13. Teve uma série de nomes e apelidos. O primeiro nome foi Banco de Crédito Hipotecário e Agrícola do Estado de São Paulo, pois era a sede desse banco. Quando o banco mudou de nome para Banco do Estado de São Paulo, ou Banespa, o prédio passou a ser chamado de Banespão.

14. O nome oficial mudou uma outra vez, para Edifício Altino Arantes, em homenagem ao ex-governador de São Paulo e primeiro presidente do Banespa.

15. Em 2018 foi reinaugurado como centro cultural sob o nome Farol Santander, com um café no topo do prédio, de onde é possível apreciar uma vista de 360º da cidade.

Pateo do Collegio

16. Foi onde o padre Anchieta fundou, em 1554, a Vila de São Paulo de Piratininga.

17. Mas o edifício não é o original da época. Ele foi reconstruído nos anos 1970. Do original ainda permanece uma parede de taipa de pilão, que pode ser vista no pátio interno do prédio principal.

Palacete Teresa Toledo Lara

18. Foi nesse prédio que Adoniran Barbosa fez uma de suas primeiras audições como locutor — que resultou na sua contratação pela Rádio Record, instalada no palacete.

19. Hoje o palacete abriga uma loja de instrumentos musicais e partituras e uma casa de shows.

Edifício Guinle

20. O prédio foi encomendado em 1912 para representar, em São Paulo, o poderio econômico da família Guinle.

21. O projeto — oito pavimentos e 32 metros de altura — tinha dimensões nunca vistas antes em São Paulo, onde, na época, eram raros os edifícios que passassem do terceiro pavimento.

22. Foi o prédio mais alto da cidade, até ser ultrapassado pelo Sampaio Moreira.

Edifício Sampaio Moreira

23. Inaugurado em 1924 e com 50 metros de altura, foi o maior arranha-céu da capital paulista durante os cinco anos seguintes.

24. O projeto previa originalmente andares residenciais e outros comerciais, mas o uso acabou sendo 100% comercial. A Casa Godinho (e suas empadas) é a loja mais conhecida.

25. Inaugura em 1888 na Praça da Sé, a mercearia — fundada pelo português José Maria Godinho — mudou-se para o Sampaio Moreira já em 1924 e mantém até hoje as prateleiras originais em imbuia e os ladrilhos hidráulicos no piso.

26. Hoje o edifício está na fase final da restauração iniciada em 2012 e irá abrigar a nova sede da Secretaria Municipal de Cultura. Estão previstos também um auditório, um jardim interno e um restaurante na cobertura, onde há um pergolado de colunas gregas da construção original.

Edifício Rolim

27. Tomou o lugar do Sampaio Moreira como edifício mais alto da cidade quando foi inaugurado, em 1929, graças ao farol em seu topo — que está desativado, mas permanece intacto até hoje.

28. Foi construído pelo mesmo arquiteto que desenhou o prédio que hoje abriga o CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), Hypólito Gustavo Pujol Júnior.

29. Cinco anos após sua entrega, perdeu o posto de maior arranha-céu para o Martinelli, em 1934.

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