Mais de 150 policiais cumprem mandados judiciais no Rio de Janeiro com o objetivo de investigar esquema de desvios e lavagem de dinheiro na Assembleia Legislativa do Estado.
O nome da operação é Cadeia Velha, uma alusão ao prédio do Legislativo que, no passado, serviu para encarcerar bandidos.
Entre os alvos está Jorge Picciani (PMDB), presidente da Assembleia e um dos mais influentes políticos do Rio. Ele foi alvo de uma condução coercitiva. Seu filho, Felipe, foi preso temporariamente. A família Picciani ainda conta com Leonardo, atual ministro do Esporte e filho do presidente da Assembleia.
Uma das suspeitas é que os deputados atuavam em favor de empresas de transporte público e, em troca, cobravam propina.
O empresário Jacob Barata Filho, dono de empresa de ônibus, foi um dos presos. Ele já havia sido preso em operação anterior e solto pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes.
São investigados os crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A operação usou informações de outros desdobramentos da Lava Jato, como a Saqueador, Calicute, Eficiência, Quinto do Ouro e Ponto Final.
No total, foram 49 mandados judiciais: seis prisões preventivas, quatro temporárias, quatro conduções coercitivas e 35 buscas.