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Novo diretor da PF prega união com procuradores e diz que deve aumentar equipe que investiga políticos

Fernando Segovia, contudo, não garantiu que os atuais delegados que atuam no Supremo continuarão no cargo.

Novo diretor-geral da Polícia Federal, o delegado Fernando Segovia pregou nesta segunda-feira (22) união entre policiais e procuradores como forma de abrir uma nova fase nas investigações de combate de corrupção no país.

"É nesse espírito de equipe, todos unidos, que buscaremos o combate incansável à corrupção no Brasil, que continuará sendo agenda prioridade da Policia Federal, tendo como premissa a continuidade as operações especiais como a Lava Jato", disse ao assumir o cargo.

Em coletiva após a posse, Segovia também elogiou a equipe da PF que atua no Supremo Tribunal Federal e disse que irá expandi-la.

Essa equipe é duplamente importante. Primeiro, porque cabe a esses delegados investigarem os políticos, em razão do foro. Além disso, partiu desse núcleo o inquérito que concluiu que o chamado grupo do PMDB da Câmara, liderado por Michel Temer, formava uma organização criminosa.

Segovia, contudo, não garantiu que manterá os mesmos delegados da gestão anterior. A decisão caberá ao novo diretor de combate ao crime organizado, Eugênio Ricas.

"O grupo hoje é constituído por profissionais altamente qualificados. Só que, na maneira de gestão que eu administro a Policia Federal, eu nomeio o diretor e e ele deverá montar sua equipe. Ele escolherá as pessoas de confiança. Eu não vou me imiscuir na escolha ou não de determinados postos. Temos muitos mais trabalhos e missões no cargo de diretor-geral do que interferir na montagem de equipe de investigação. Eu acredito que a equipe hoje é pequena."

O novo diretor disse ainda que pretende relatar os principais inquéritos da Lava Jato antes do período eleitoral do ano que vem.

Sobre os inquéritos relacionados a Michel Temer, Segovia disse que os relatórios foram produzidos na gestão anterior e que as investigações estão encerradas.

"Não temos mais nada a executar dentro dessas investigações, que em tese já estão concluídas", disse o novo diretor da PF.

Ele foi lembrado por um repórter que há inquéritos em curso que citam Temer, e então Segovia disse que as investigações no Supremo terão celeridade.

O presidente Temer participou da cerimônia de posse, mas não falou e foi citado apenas protocolarmente. Leandro Daiello, agora ex-diretor e delegado aposentado, agradeceu apenas ao ministro da Justiça, Torquato Jardim.

Segovia, por sua vez, falou abertamente da rixa da PF com a Procuradoria-Geral da República e pregou união – os procuradores, por exemplo, são contra delações negociadas por policiais.

"Há hoje uma infeliz e triste situação de uma disputa institucional de poder entre a PF e o MPF, mas confio no espirito de maturidade institucional e profissional dos membros dessas instituições, que neste momento tem a oportunidade de escrever um novo capitulo na sua história, deixando de lado a vaidade e sede de poder. O único que se beneficia com essa disputa é o crime organizado."

Leandro Daiello, que foi o mais longevo diretor-geral da era democrática, foi aplaudido ao falar em Polícia Federal republicana, cujo maior ativo é o servidor.

“Aprendi muito cedo na carreira que policial era algo que se fazia em conjunto e nunca sozinho, foi assim que procurei passo a passo construir a minha carreira", disse Daiello.

Daiello voltou a falar em PF republicana e agradeceu ao ministro da Justiça, Torquato Jardim, pela atenção e carinh… https://t.co/ZIbrkL7bEM




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