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Estratégia de Inês Brasil para mudar de imagem inclui parar de ficar pelada e de falar palavrão

Usina de memes, a cantora e ex-aspirante a BBB contratou um novo empresário para transformar sua fama de internet em contratos publicitários — mesmo que para isso precise polir seus modos.

Oito mulheres e três crianças estão sentadas na sala de espera de um salão de beleza do Tatuapé, zona leste de São Paulo, no começo da noite de sexta, dia 1° de junho. Todos ficam em pé no momento em que uma caminhonete prateada para na frente do salão Studio 4 Estética & Hair, e dela desce uma mulher.

“É ela! É ela!”, grita uma adolescente. Todos ali sabem quem é ela: Inês Tânia Lima da Silva. Ou Inês Brasil para uma legião de fãs, da qual esse grupo faz parte. “Boa noite, boa noite, graças a Deus”, diz Inês ao entrar no salão e ficar de cara com a parede de pessoas.

Uma loira cinquentona ajuda a esconder o mamilo direito de Inês, 48 anos de idade, que está escapulindo do macaquinho de renda que ela veste, além de jeans rasgados e uma bota de salto 12. Uma dona de casa morena comenta algo sobre o seio ser saidinho. Inês responde que tem 900 ml de silicone em cada peito. “Custou só R$ 45 mil. Não é tão caro assim.” A fã cinquentona não pede licença e já coloca a mão no seio de Inês, que parece não se incomodar, para fazer uma foto.

É bom que os fãs aproveitem: daqui para a frente, Inês Brasil vai pegar mais leve na nudez e nos palavrões, pois está sendo orientada por um novo empresário, que é responsável pela carreira de Carla Perez há décadas, e quer transformar toda a fama de internet de Inês em contratos publicitários, mesmo que para isso precise polir os modos da cantora, apelidada Panterona.

Milionária de views

Inês Brasil é uma milionária de views. Ela surgiu na internet em 2013 com um vídeo em que se candidatava para participar do Big Brother Brasil pela quinta vez, e que foi publicado no YouTube. De biquíni com a bandeira brasileira estampada, aréolas novamente aparecendo e com frases como “Alô, alô, graças a Deus!” e “Vocês sabem quem eu sou?”, o vídeo chegou a ter 200 milhões de visualizações.

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Vídeo em que Inês Brasil se candidata ao BBB pela quinta vez, e viralizou em 2013.

Ela não conseguiu entrar no BBB. Mas ganhou mais fama do que a imensa maioria dos ex-participantes do reality show. Nos últimos cinco anos, lançou centenas de vídeos e de memes que a tornaram uma espécie de Fernanda Montenegro da internet.

Inês Brasil é mais buscada no YouTube do que o presidente do Brasil. O gráfico abaixo mostra os índices de procura dos dois na maior plataforma de vídeos do mundo. Mesmo com o pico que Michel Temer, representado pela cor vermelha, tem de 27 de maio a 2 de junho, Inês ganha no consolidado do ano: tem um índice de 15 contra um índice médio de 12 do presidente (o YouTube não revela os números exatos, e cria esses números para critérios comparativos).

Ela ainda ganha de Fernanda Lima, de 33 a 20, e de vlogueiros famosos, como Federico Devito (29 para Inês contra 4 do influenciador).

Inês tem cinco singles em 15 anos de carreira fonográfica. Mas em 2016 quase foi indicada a um Grammy, o prêmio mais prestigioso da música. Naquele ano, os 25 artistas que tivessem as músicas mais ouvidas no site Grammy Amplifier poderiam concorrer ao prêmio. Inês estava em primeiro lugar até sua música ser retirada pela organização do prêmio americano — algo que o Grammy nunca justificou. Depois que ela foi vetada, os fãs inundaram a plataforma com seu som: as seis músicas mais ouvidas chegaram a ser de Inês Brasil. O site do prêmio então proibiu brasileiros de votarem.

Ela rende no áudio, e também no visual. Sua participação no programa de Silvio Santos, em 17 de setembro de 2017, deu ao SBT 12 pontos de audiência na Grande São Paulo e a liderança sobre a TV Globo.

Uma entrevista que deu a Danilo Gentili no mesmo canal, e em que ambos terminam nus, tem 3,7 milhões de visualizações na internet. Para efeito de comparação: uma entrevista com David Brazil, do mesmo mês, tem 700 mil visualizações.

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Participação de Inês Brasil que deixou o programa Silvio Santos em primeiro lugar na audiência, em setembro de 2017.

Por que, então, o mercado evita Inês Brasil?

“Uma p%#& artista”

“Ela é ótima. Popular pra caramba. Fala com toda a molecada”, diz uma profissional de marketing que já trabalhou em uma multinacional de salgadinhos, em outra de sorvetes e em uma terceira de chiclete, todas de um grande grupo global. “Mas é incontrolável. Você não pode ligar seu produto com alguém que no dia seguinte vai enfiar o microfone…” Ela não termina a frase, uma menção ao show em Manaus em que Inês, pelada, simulou se masturbar com um microfone prateado.

Isso ficou no passado, garante Ênio Sabat, 23, um dos novos assessores de Inês, e seu dançarino há cinco anos. Ênio, que tem o cabelo alisado e veste uma calça com fendas laterais que vão até o começo da coxa, fazia parte de um grupo de dança que foi convidado a participar do clipe de “Make Love” em 2014.

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Clipe de "Make Love", em que Inês conheceu seu atual assessor, Ênio, que dançava no vídeo de salto alto.

Quatro meses atrás, quando rompeu com seu empresário, Inês perguntou se ele não toparia ser seu novo assessor pessoal. Ênio atua junto de Saulo Marqks (com “q” seguido de “k” mesmo), o homem por trás da carreira de Carla Perez, que toca de Salvador, onde mora, as mudanças na carreira de Inês.

“As três propagandas para a Netflix foram muito legais, deram muito certo”, diz Ênio. Inês já fez três comerciais, para a internet, da série “Orange Is The New Black”, contracenando com Valesca Popozuda e de Narcisa Tamborindeguy.

Cada um deles tem cerca de 3 milhões de views. Pergunto por que outras marcas não se aproveitam da popularidade de Inês. “Agora vão chamar”, aposta o assessor. A Netflix declina o convite para comentar por que escolheu Inês como garota-propaganda, e se as propagandas deram certo.

Mas, mesmo que não protagonize grandes campanhas, Inês fecha shows (um por semana, em média, a R$ 5.000) e pequenos negócios, como a permuta com o salão no Tatuapé. A dona do negócio e Inês se conheceram na ponte aérea naquele mesmo dia. Fecharam negócio no ar: Inês e sua equipe fariam unha, cabelo e maquiagem no lugar sem pagar nada, se aparecessem nas mídias sociais do lugar.

“Mas eu não gosto disso aqui, não”, diz Inês, da cadeira do maquiador. “Eu gosto de pagar pelo que eu uso. É verdade, não é, Ênio?” O assessor, que está fazendo a unha, faz que sim com a cabeça. “Graças a Deus, Ênio!”

A repaginação é “um tiro no escuro”, ele admite. É delicado encontrar um equilíbrio entre projetar uma imagem menos erotizada, que não afugente as marcas, e manter a alma da artista. “Não queremos perder a Panterona.”

A mudança vem aos poucos. “Eu combinei com ela: tá mostrando em cima, então tapa embaixo, e tá mostrando embaixo, tapa em cima.” Na tentativa e no erro, pretendem achar uma nova Inês, que preserve seu potencial viralizante mas consiga fazer um comercial para a Coca-Cola, por exemplo. “Ela poderia ter muito mais reconhecimento. Não sei se posso falar isso, mas a Inês é uma puta artista.”

“Graças a Deus”

Popular ela é. Naquela sexta, a trupe desembarca às 13h30 em Congonhas. Levam uma hora e meia entre o desembarque e a saída. “O aeroporto é sempre um sururu”, diz o assessor. Em um show em Mossoró, no Rio Grande do Norte, 8.000 pessoas impediram que ela chegasse até o palco. “Ela teve que começar a cantar no meio da galera mesmo.”

É tudo verdade. Inês Brasil fala na vida como fala nos vídeos. “Graças a Deus” é um adendo de metade das suas frases. “O prazer é todo meu, graças a Deus”, diz, quando alguém afirma ser um prazer conhecê-la. “Eu nunca fiz sadomasoquismo, graças a Deus”, quando comenta suas predileções sexuais. “Estamos em São Paulo, graças a Deus”, diz, constatando a cidade onde estava.

Tento entrevistar Inês Brasil enquanto ela está de olhos fechados, sendo maquiada. E falho. É ela quem conduz a conversa, e as respostas muitas vezes não parecem ter conexão com o que foi questionado.

Por exemplo: “Inês, você vai mudar sua imagem agora pra conseguir fazer mais comerciais, é isso?”.

“Eu não vou enganar, não vou mudar muito, não. Quem muda muito fica cheio de ruga, cheio de celulite”, diz Inês. “Vou ser a mesma coisa que eu sou, mas sem ficar pelada no palco nem falar palavrão.”

E emenda um papo sobre plástica. “A única cirurgia que eu fiz é meu peito. E não me mexam, eu prefiro ficar pobre a mexerem na minha cara.” Conta que tira a sobrancelha com pinça e diariamente desenha com um lápis de olho as sobrancelhas que são uma das marcas registradas.

Sem respirar, ela dá conselho para lidar com haters. “Se você se acha a pessoa mais linda do mundo, isso é seu. E tá certo. Se começaram e falar que não é, estão com inveja.” Ela mesma tem planos para realçar sua beleza. Planeja usar cada vez menos maquiagem. “Vou começar a tirar, a tirar… quero ficar só a sobrancelha e o batom no fim. Meus lábios, meus dentes brancões de negona.”

E com as dezenas de tatuagem, algumas delas em pares. Inês tem dois coelhinhos da Playboy, um na lateral da barriga e outro no entresseios. Cachos de uva também se repetem: uma na coxa direita e outra no seio direito (“Chupa que é de uva!” é um dos seus bordões). O nome do ex-namorado Jefferson no antebraço (os dois romperam no ano passado e Inês está solteira). Um fio-dental tatuado no rego e chamas no braço estão entre as outras.

“Me arrependo de ser famosa”

Pergunto por que ela acha que é famosa. “Eu quero ser famosa, é por isso que eu sou famosa. Sempre quis. E eu sei o que é a fama.” E o que é a fama para Inês Brasil? “Infelizmente ser rodeada de gente invejada. Não todo mundo, mas muita gente.”

Ela para com a mão no queixo enquanto o maquiador cobre o vão dos seus peitos com um pó brilhante. E emenda: “Hoje em dia eu me arrependo de estar famosa. Antes, eu sabia que parava o trânsito por causa do meu corpo, andava rebolando que nem um viadinho. Hoje em dia, todo mundo já chega gritando: ‘Inês, Inês, vamo tirar foto?’ e ‘Inês, você é homem ou mulher?’.”

Mostra no seu celular um vídeo em que Anitta defende o funk e diz que o estilo musical é discriminado. “Vou fazer um vídeo, Anitta, que eu to sendo atacada igual a tu!”, diz Inês para a tela do celular.

Enquanto isso, o assessor explica o tipo de vídeos que eles planejam para o canal da artista no YouTube, o InesBrasilTV: “Queremos fazer um vídeo por semana. Talvez algo na linha Na Cama com Inês, ela falando e respondendo perguntas do público”.

Inês vê alguma coisa que a choca no celular, e grita da cadeira do maquiador: “Caralho!”. Ela olha ao redor e se corrige: “Caraaammmba! Viu, as crianças são tão inocentes que nem ouviram”.

Antes de se sentar para ser maquiada, ela gravou um vídeo com as crianças que tinham ficado esperando horas por ela. Pediu que elas projetassem o peito e arrumassem a postura. “Bem barbiezinhas.” As crianças riem muito.

Inês tem duas filhas: Julia, de 28 anos, e Monique, que tem 30 anos e virou meme quando armou uma pegadinha contra a mãe no Domingo Legal — a gravação de um videoclipe de mentira com um diretor grosseiro rendeu frases como: “Segura essa marimba, mon amour” e “Se você me ama, sai fora, Munique!”, enquanto Inês pedia que alguém ligasse para seu advogado na Alemanha.

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Inês Brasil é vítima do Telegrama Legal, do Domingo Legal, em 2013 e gera memes como "Segura essa marimba, mon amour".

As duas filhas foram criadas pela avó, a mãe de Inês, enquanto ela trabalhava na Europa. Inês já é avó. Pergunto como ela se sente. “Você é uma bicha invejosa, é feia e tem inveja de mim? Eu não gosto de para onde isso está indo.”

Mudo de assunto: pergunto se Inês acha que é discriminada. “Fazem comigo fazem contigo, fazem com todo mundo. Falam que o viado é podre, a puta é podre. Mas somos irmãos.”

Inês se prostituiu por mais de uma década na Europa, e fala do período sem problema. Começou aos 22 anos e diz que fumava cem cigarros por dia. “A boca era assim, ó”, e retorce os lábios. “Eu era droguista eu gostava de cocaína, até que conheci meu marido alemão, e ele não me dava cocaína. A cocaína levou a Amy, levou a Whitney. Mas minha mãe é forte. Me viu e disse: ‘O diabo que está no seu corpo não vai te levar’.” A sobriedade de Inês, que parou com as drogas e só bebe energético na taça de champanhe enquanto é maquiada, passa por uma ligação com Deus, mas ela afirma que não frequenta a igreja.

Pergunto se ela ganha menos dinheiro do que sua fama mereceria. “Se não tivesse dando dinheiro, eu tava na prostituição.”

Inês encerra o assunto, e pergunta para o cabeleireiro, loiro de olho azul, se ele é do Sul. “Sou, vi seu show em Novo Hamburgo”, ele responde. “Eu fiquei nua nesse show, não fiquei?” O maquiador sorri e faz que sim com a cabeça. Ela coloca as duas tiras do macaquinho de renda para o lado e mostra os seios. “Eita, não pode, preciso ser mais classuda”, ela se corrige, cobrindo os peitos.

“Viu? É a assessoria”, diz Ênio, que está fazendo as unhas atrás dela.

Playback e salame

É uma e meia da manhã num hotel Ibis da rua Frei Caneca, no centro de São Paulo. Inês, que deve começar sua apresentação às duas e meia, se prepara para descer. O hotel, que cobra R$ 269 por uma diária durante a Parada LGBTQ, fica a 16 passos da boate A Loca, onde Inês vai cantar.

Ela decide pedir um carro para fazer o percurso. Está com medo de que a friagem faça mal à sua garganta. “Eu sou cantora, odeio fazer playback. A Anitta come um monte de maçãzona vermelha antes de cantar.” Dez minutos depois, chega a mesma caminhonete prata que a levou até o salão de beleza. Outros 15 minutos depois e ela está na porta da boate, apinhada de gente.

Inês Brasil desce do carro e alguém grita: “É ela!”. Forma-se outra parede humana, de pessoas berrando. Dois seguranças escoltam Inês e sua equipe para o andar de cima da casa noturna, onde por anos funcionou um dark room, sala completamente escura onde ninguém é de ninguém.

Mas, na noite da apresentação, o segundo andar virou um camarim, com um bar e um barman exclusivo. Além de Inês, Ênio, os contratantes e suas mulheres, está na área VIP também Pedro Fatudo, que é da escola de samba Unidos de Padre Miguel e dançará para Inês pela primeira vez.

O contrato padrão de um show de Inês compreende uma hora e 20 de show, com cinco músicas, piadas e jogos com a plateia, 20 minutos de descanso e depois meia hora de meet and greet. Ela chega a ficar até duas horas tirando fotos com fãs.

Um homenzarrão de quase dois metros, com um dreadlock na barba, está atrás do bar e se apresenta para a artista. “Eu sou o Julio e vou estar aqui hoje para o que precisarem”, diz. “Obrigada, graças a Deus. Eu sou a Inês Brasil e o que você precisar eu também estou aqui”, e pisca para o barman, que ri. Inês pinça com a unha uma fatia de salame da tábua de frios que está no balcão e se joga num pufe no canto da sala. “Já estou me sentindo em casa, graças a Deus.”

Uma semana antes do encontro na boate, a assessoria de Inês havia marcado uma entrevista perto da sua casa. Ela ia se produzir em Santa Cruz, bairro na zona oeste que é mais distante do centro do Rio — uma corrida de Uber de Copacabana até lá custa R$ 100.

Seria uma chance de ver como é a vida de Inês na Vila Kennedy, ali na vizinhança, onde ela mora desde que voltou para o Brasil. A uma hora do encontro, Inês cancela. Diz que está com cólicas. Em São Paulo, pergunto como é o dia a dia dela na vila, um dos bairros mais pobres e violentos do Rio: “É difícil sair na rua, param muito. Supermercado? Não dá. Mas eu viajo muito”. O que faz quando não está viajando a trabalho? “Não vou mentir, fico em casa comendo novinho. Dezoito anos de idade para mim já tá bom.”

São 2h45 quando o palco que fica sobre a pista de dança se esvazia. Ênio e Pedro, de camisetas combinando, começam a fazer passos. Inês Brasil sobe ao som de berros. O número de celulares levantados, filmando, parece ser idêntico ao número de pessoas na pista. Começa a música “Make Love”: “Ô, lá, lá, lá, lá, lá, lá ô / Não tem terror / Não tem caô.”

É uma gravação. Um playback. Antes do fim da primeira música, Inês já ficou de quatro contra a parede, bateu com o microfone na bunda, voltada para plateia, e levantou a blusa mostrando os seios. “Vai ser um longo caminho”, já tinha previsto o assessor-bailarino Ênio horas antes.

“A música está pronta, supercomercial e com uma megaestrutura como o público de Inês nunca viu antes”, diz novo empresário

Saulo Marqks, o homem que arquiteta a nova Inês Brasil, é o responsável pela imagem de Carla Perez há décadas. Um homem musculoso que troca a foto de WhatsApp diariamente (em muitas delas está de sunga), ele contou ao Buzzfeed News os planos para a celebridade virtual.

Como surgiu a ideia do reposicionamento de imagem da Inês Brasil?

Conheço a Inês há uns três anos. Por morar em Salvador e fazer produção artística por aqui, não tinha como me envolver de forma mais efetiva com a Inês Brasil. Ela passou por diversas assessorias e perdeu o Instagram por duas vezes. Essa última vez, ela pediu que fizesse assessoria dela. Como eu trabalho com reposição de imagem midiática também, eu tive uma conversa com ela e em comum acordo iremos repaginar essa Inês amada pelo Brasil, não deixando o lado over, mas exaltando o talento tão grande que ela tem.

A ideia é torná-la mais palatável para o mercado?

Vivemos no tempo da internet, do agora, dos stories, das parcerias e para isso a Inês Tânia (pessoa física) tem que saber que a Inês Brasil é uma artista, um produto comercial e muito rentável por conta das milhões de visualizações que ela gera nesse mundo virtual. A mudança está em fase embrionária, não será nada agressiva. Trabalhei com a Carla Perez, e fui responsável pela chamada Loira do grupo Gera Samba começar a ter nome e sobrenome, até como se portar nas entrevistas o que falar, e virar esse grande ícone que é hoje. Da mesma forma será com Inês Brasil.

Quem são os artistas que conseguiram fazer esse reposicionamento, e em quem vocês se inspiram?

Temos inúmeros exemplos para elencar: A MC Larissa hoje é conhecida como Anitta, Valesca Popozuda, Pabllo Vittar, Carla Perez, Márcia Freire, entre outros artistas. Os próprios humoristas, como Carlinhos Maia e Whindersson. Precisamos nos adequar ao mercado. Do over ao luxo. O que não podemos deixar é mais do mesmo.

Você disse que a Inês já gravou uma música com a participação de um cantor ou de uma cantora famosa. Quem é?

O feat ainda não podemos revelar, mas a música está pronta, supercomercial e com uma megaestrutura como o público de Inês nunca viu antes. Ela continua cantora, a priori, mas vem uma biografia e quem sabe um stand up comedy.

O plano é mudar o jeito como Inês fala e se veste?

Inês viralizou pelos memes, pela irreverência e pela sinceridade. Não tem como mudar Inês Brasil, mas tem como ajudar a melhorar em alguns aspectos. Exemplo: na questão de roupa já estamos contratando um personal stylist para sem fugir da essência tentar de certa forma criar uma identidade.

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