Uma pessoa morreu e 10 ficaram feridas no ataque terrorista contra muçulmanos em Londres

    Motorista atropelou pessoas que saíam de uma mesquita após orações do Ramadã, mês sagrado do Islã. Ele foi detido pela polícia, mas sua identidade ainda não foi revelada.

    Um homem dirigindo uma van branca atropelou muçulmanos que deixavam uma mesquita no norte de Londres, na noite deste domingo (18), após as orações do Ramadã — mês considerado sagrado pelos seguidores do Islã. Uma pessoa morreu e ao menos dez ficaram feridas, das quais sete ainda estão hospitalizadas, segundo a polícia londrina.

    Testemunhas dizem que o motorista gritou "morte aos muçulmanos" durante o ataque. Após subir na calçada e bater o carro, o homem tentou fugir, mas foi contido por três pessoas até a chegada da polícia, segundo testemunhas disseram ao BuzzFeed News.

    A polícia de Londres, que prendeu o suspeito, não divulgou sua identidade até o momento. Logo após o ataque, três homens muçulmanos protegeram o suspeito até a chegada da polícia, para que ele não fosse linchado (assista ao vídeo abaixo, em inglês).

    A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse que o ataque foi um ato terrorista "tão doentio quanto" outros ataques terroristas recentes no país. Ela compareceu ao local do ataque na manhã desta segunda (19) para conversar com lideranças religiosas locais.

    Há duas semanas ocorreram eleições para o Congresso. O pleito não estava marcado, mas foi convocado por May com o intuito de ampliar o apoio ao seu partido, algo que a primeira-ministra pode fazer. Aconteceu apenas o contrário: o partido dela perdeu apoio no Congresso, aumentando a pressão política no momento em que o Reino Unido inicia as negociações para deixar a União Europeia.

    A primeira-ministra foi recebida aos gritos de "May tem que sair".

    Principal adversário de May, o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, também visitou o bairro em que ocorreu o ataque. Ele foi ao local junto com o correligionário Sadiq Khan, prefeito de Londres. Khan — primeiro muçulmano eleito para comandar a capital britânica —, disse que o atentado foi um "horrendo ataque terrorista contra pessoas inocentes".

    Apoio de outros líderes religiosos

    Após o ataque, líderes de várias crenças vieram a público declarar apoio aos muçulmanos que foram vítimas do ataque terrorista.

    Em entrevista à BBC, o diretor do Islamic Centre Northwest London, Sayed Yousif Alkohey, declarou: "Não estamos aqui como muçulmanos, judeus ou cristãos. Como parte da comunidade — neste caso, o alvo são os muçulmanos — estamos todos juntos como você pode ver agora."

    A rabina Laura Janner-Klausner, que atua na região, disse que "este tipo de comportamento é absolutamente condenável pelos britânicos".

    O reverendo Adrian Newham, da Igreja Anglicana, afirmou que "um ataque a uma fé é um ataque a todas as fés". Justin Welby, arcebispo de Canterbury e o bispo mais antigo da Igreja Anglicana, definiu o ataque como "um crime contra Deus e contra a humanidade".

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