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Voto secreto, que favorece Renan, deve prevalecer na eleição do Senado

Sessão será presidida por José Maranhão (MDB-PB), aliado de Renan. Oposição promete gritar em plenário.

Foi publicado no Diário do Senado Federal na manhã desta sexta-feira o edital com roteiro para a sessão em que acontecerá a eleição para a presidência da Casa.

De acordo com o documento, o senador mais idoso em plenário deverá presidir os trabalhos. E, por coincidência, o mais velho é José Maranhão (MDB-PB), aliado de Renan Calheiros (MDB-AL).

A expectativa é que ele, sozinho, derrube a questão de ordem que será apresentada pelos adversários de Calheiros e que querem o voto aberto para a disputa pelo comando da Casa.

Haverá gritaria em plenário e pedidos para que uma votação sobre o tema seja feita. No script do grupo de Renan, está previsto que Maranhão mande o recurso sobre o tema para a Comissão de Constituição e Justiça da Casa e evite a apreciação do tema pelos 81 senadores.

A publicação das regras ainda deixa claro que só será escolhido como presidente do Senado quem obtiver pelo menos 41 votos, abrindo a possibilidade de segundo turno caso ninguém alcance tal número.

A norma, que no início foi rejeitada por adversários de Renan agora é apoiada por eles, que tentam forçar um segundo turno e unir votos para impedir que o alagoano seja eleito mais uma vez para o comando da Casa.

Fosse a eleição num turno só, um dos adversários de Renan diz que seria melhor dar logo a cadeira de presidente para Calheiros sem nem precisar de eleição.

SEM DAVI

A publicação das regras para a sessão desta sexta foi um golpe nas intenções de parte dos opositores de Renan.

Uma das estratégias para combater o alagoano era colocar o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) no comando dos trabalhos.

Com isso, tentar aprovar a questão de ordem tornado aberto o voto para a presidência do Senado.

Davi, que é o candidato do ministro Onyx Lorenzoni para o comando do Legislativo, alega de que ele é o único integrante da Mesa Diretora que passou da legislatura passada para a que se inicia hoje.

O problema é que ele é suplente na Mesa. Com isso, o secretário-geral do Senado e aliado de Renan, Luiz Fernando Bandeira de Melo, baixou a normativa dizendo que somente um titular poderia presidir os trabalhos. Não havendo um, a responsabilidade recai sobre o mais idoso.

Toda a articulação de Renan, no entanto, não passará pelo plenário sem a gritaria de seus opositores.

Uma série de questões de ordem e requerimentos estão sendo preparados. Haverá pedidos que vão desde a anunciada tentativa de se fazer uma eleição com o voto aberto até um que pede para que todas as questões de ordem seja analisada por votação nominal em plenário.

Ao mesmo tempo em que a profusão de recursos para a briga regimental mostra que a oposição a Renan quer lutar, também revela sua fragilidade em votos.

Tivesse maioria para desbancar Renan, não ficariam com recursos regimentais. Por isso, a tendência é que o alagoano vença pela quinta vez a disputa pelo comando da Casa.

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