Na proposta orçamentária enviada pelo governo ao Congresso há a indicação de um corte de 3,5% – quando comparado com os valores autorizados para este ano – nos recursos da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que é o maior responsável pela produção de vacinas no país.
Há também um corte de 19,4% nos recursos da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), uma das fontes que alimenta a implantação do saneamento básico no interior do Brasil.
O relator setorial para Saúde no Congresso, o deputado Hildo Rocha (MDB-MA), disse que tentará nesta terça-feira conseguir junto ao relator-geral do Orçamento, deputado Domingos Neto (PSD-CE), o remanejamento de verbas para as áreas, além de emendas de deputados e de bancadas.
Nesta terça, o Congresso votará a Lei Orçamentária Anual, e definirá onde serão gastos os recursos públicos do país.
Devido aos atritos de deputados com o governo, e ao fato de o Orçamento ser praticamente todo impositivo (os parlamentares alteraram neste ano as regras do Orçamento, dando mais poder a eles e retirando os do governo), é possível que muitas alterações sejam feitas na peça enviada por Jair Bolsonaro ao Congresso.
Questionado sobre o tema, o relator setorial, Rocha, disse que vai recomendar ao relator-geral do Orçamento a recomposição dos recursos da Fiocruz e Funasa.
“Eu recomendei ao relator-geral para fazer as devidas correções e recompor isso, não vamos ficar sem vacinas”, disse.
Rocha também disse que tentará aumentar no Orçamento recursos para a prevenção epidemiológica.