O processo de aprovação e veto do projeto que trata da renegociação das dívidas dos Estados colocou Michel Temer e Rodrigo Maia em campos opostos.
Por um lado, o presidente da Câmara aprovou a matéria derrubando uma série de contrapartidas que seriam exigidas para a renegociação das dívidas.
Por outro, ao receber o projeto aprovado por seu aliado na Câmara, Temer vetou parte do texto, no caso, a que tratava das contrapartidas derrubadas.
Apesar do desentendimento entre o presidente da Câmara e seu aliado que chefia o Palácio do Planalto, tanto Temer quanto Maia deixaram o episódio fortalecidos.
Na Câmara, deputados dizem que a candidatura à reeleição de Rodrigo Maia ganhou força, pois ele agradou governadores e deputados.
Governadores, claro, não são eleitores na disputa pela presidência da Câmara, mas eles controlam o voto da maioria dos deputados.
Após aprovação do projeto sem contrapartidas, o mercado demandou uma medida de Temer contra o que considerou uma irresponsabilidade.
Ao vetar a matéria, Temer sinalizou para seus objetivos de ajuste fiscal e de enxugamento da máquina, agradando o grande empresariado do país, que é um importante player na intenção de o peemedebista manter-se no governo até 2018.
Após todo o episódio da aprovação e veto, Maia e Temer encontraram-se algumas vezes.