Apeado por Aécio Neves da presidência do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) disse nesta quinta-feira que as diferenças entre o seu grupo e do colega mineiro são profundas e “inclusive de princípios”.
Por isso, descartou a possibilidade da formação de chapa única ou composição no ninho tucano. “É hora de ter lado”, disse.
O senador ainda comentou não considerar um golpe o fato de Aécio tê-lo defenestrado do comando do PSDB. Disse que ficou surpreso de uma maneira negativa, pois não deveria mais se surpreender com as atitudes do correligionário.
"Tem gente que você se surpreende uma vez, duas vezes, três vezes, quatro vezes, então eu não deveria estar mais esperando surpresas”.
Tasso ainda discordou da visão de Aécio sobre uma suposta normalidade no PSDB com a troca abrupta de comando na sigla.
No final do dia, Aécio disse que a substituição de Tasso era algo normal.
Para o senador do Ceará, tudo o que não existe é normalidade, e a disputa entre os grupos se dá justamente por que um lado quer deixar tudo como está, e o outro não.
“Normal não está não, e isso é uma das grandes diferenças, faz tempo que não está normal. Tem acontecido coisas no partido e na política brasileira que estão absolutamente fora do normal e a população toda está falando isso e reclamando isso. Então nós temos que consertar essas coisas que estão fora do normal. Essa é a grade diferença. Quando está normal é deixa como está. Não deixar como está é a nossa visão.”
ALCKMIN
Tasso, que em outras ocasiões falou que Alckmin era o primeiro da fila no PSDB para a disputa presidencial foi um pouco mais taxativo nesta quinta.
Ao invés de primeiro na fila, disse que Alckmin "é" o candidato de seu grupo para o pleito de 2018.